Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Em Natal, mato e ferrugem cobrem obra inacabada de R$ 35 milhões

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM NATAL

Em Natal, o terminal pesqueiro foi anunciado ainda no governo Lula como revolução do setor no Estado. Seria um ponto estratégico da pesca no Nordeste, que elevaria a produção e criaria 10 mil empregos no ramo.

Os benefícios, porém, estão longe de ser realidade. Após quase dois anos de obras e R$ 35 milhões gastos, a construção, iniciada em agosto de 2009, parou e não há previsão de retomada.

"A estrutura está quase pronta e se acabando. É dinheiro público jogado fora", diz Agerson Junior, gerente da Pesqueira Nacional.

A empresa gasta R$ 20 mil por mês em aluguéis de terminais privados para descarregar a produção mensal de cem toneladas de pescado.

O entreposto deveria estar pronto desde maio de 2011. A construtora suspendeu os serviços alegando inadimplência do Estado.

O governo contesta a dívida de R$ 7 milhões citada pela empresa, que tenta romper o contrato na Justiça.

A obra também é alvo da CGU (Controladoria-Geral da União), que fez auditoria no final de 2012 e identificou sobrepreço de R$ 3,9 milhões.

"Com o dinheiro que gastaram ali tínhamos feito dois cais pequenos para encostar os barcos", diz Cleudo de Castro, 46. "Aquilo virou um elefante branco", diz Manoel Ferreira, presidente da Federação dos Pescadores potiguar.

O convênio entre o Ministério da Pesca e o governo potiguar previa a conclusão da obra em 2011, mas o prazo foi estendido, a pedido do Estado, para janeiro de 2014.

Enquanto o impasse não se resolve, o mato cresce na parte externa do terminal. Equipamentos estão parcialmente enferrujados --parte deles ao ar livre, sob sol e chuva.

"O ministério está cobrando constantemente o Estado, que tem até janeiro de 2014 para terminar [a obra]", disse a pasta, em nota. O secretário-adjunto da Agricultura do Rio Grande do Norte, Tarcísio Dantas, reconheceu atrasos em pagamentos à empresa entre 2010 e 2011, mas diz que o governo não deve mais.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página