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Análise

Ciclo atual de comando das grandes montadoras está se aproximando do fim

HENRY FOY DO "FINANCIAL TIMES"

Em 29 de agosto, Carlos Tavares, vice-presidente da Renault, deixou a empresa depois de uma reunião de emergência do conselho da montadora, que estava atônito.

Duas semanas antes, o executivo português deu uma entrevista em que criticou seu chefe e sugeriu que ele teria mais sucesso no comando de uma montadora rival.

As declarações até o momento não valeram a Tavares um posto de comando em outra companhia.

Mas os comentários inesperados do homem visto como herdeiro de Carlos Ghosn no comando da segunda maior montadora francesa revelaram detalhes sobre a mais quente e intrigante história do setor automobilístico: a da sucessão.

"Nos próximos 12 a 18 meses, começaremos a ver uma transição geracional", diz um importante executivo de uma grande montadora. "Há um ciclo se aproximando."

Os mais poderosos executivos do setor automobilístico têm antecedentes muito distintos. Foi-se o tempo em que um diploma em engenharia e uma década passada na linha de produção faziam parte obrigatória do caminho até o topo. Entre os líderes das grandes montadoras, há desde um ex-executivo de aviação (Ford) até um metalurgista (Volkswagen).

"Há pouca gente que possamos chamar de profissionais dos automóveis [nos postos de comando], hoje", diz Stefano Aversa, diretor da consultoria AlixPartners.

"Uma de nossas maiores preocupações quanto ao setor como um todo é a falta de candidatos a liderança, de modo geral", diz Anil Valsan, analista automotivo da consultoria Ernst & Young.

"Existe a preocupação de que as montadoras não estejam fazendo o bastante para fomentar os futuros líderes."


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