Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Bancos começam a reduzir seu "risco X"

Levantamento da Folha no balanço das empresas mostra que Bradesco e BNDES neutralizaram perda com calote

Caixa, Votorantim, Itaú, BTG e Santander ainda podem sofrer prejuízos com problemas de Eike

RAQUEL LANDIM TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Bradesco e BNDES estão prestes a praticamente zerar sua exposição ao "risco X" --um eventual calote das empresas de Eike Batista.

A situação ainda é delicada para Caixa, Itaú, Votorantim e, em menor grau, para BTG e Santander, segundo levantamento feito pela Folha nos balanços das empresas.

Se os acordos selados nas últimas semanas vingarem, Eike terá passado para a frente as dívidas da Eneva (novo nome da MPX, de energia), da LLX (logística) e da MMX (mineração), resolvendo a situação dos credores.

OGX (petroleira) e OSX (estaleiro) correm risco de entrar em recuperação judicial. Na petroleira, a maior parte dos empréstimos foi tomada no exterior. A preocupação dos bancos agora é com a OSX, que tenta vender suas plataformas para pagar as dívidas.

O BNDES aprovou R$ 10 bilhões em linhas de crédito para o grupo X, mas liberou apenas R$ 6 bilhões --boa parte para MPX e MMX. Do total emprestado pelo BNDES ao grupo, apenas R$ 500 milhões concedidos à MMX não contavam com fiança bancária, como antecipou a Folha.

O risco desse calote diminuiu anteontem, quando a MMX anunciou que está perto de vender o controle do porto do Sudeste. Como parte do acordo, o porto assume as dívidas da mineradora.

O BNDES também emprestou R$ 548 milhões para a OSX, mas tem 100% de fiança bancária. Segundo a reportagem apurou, a garantia é do banco Votorantim.

Logo, um eventual calote não significa prejuízo para o BNDES, mas para o Votorantim, que pertence à família Ermínio de Moraes e ao BB.

O Bradesco quase zerou o risco X, porque seus empréstimos estavam concentrados em LLX e MMX, além de um empréstimo para a holding, de R$ 100 milhões.

No Itaú BBA, a situação é delicada, mas pode ser contornada. O banco emprestou R$ 1,4 bilhão à holding e a empresas que ainda estão com o futuro indefinido.

Foram R$ 309 milhões à OSX, R$ 200 milhões à OGX e R$ 900 milhões à holding.

A Folha apurou que o pagamento da dívida do Itaú na holding estaria atrelada à venda da fatia que ainda resta a Eike na MPX. Para os demais empréstimos, o banco teria obtido em garantia ações de empresas "boas" (MPX, MMX e LLX) e royalties do porto do Sudeste.

CAIXA

A Caixa é um dos bancos mais expostos ao risco de calote da OSX, já que liberou R$ 1,1 bilhão para o estaleiro.

Foram R$ 400 milhões de um empréstimo-ponte e R$ 700 milhões da primeira parcela de um crédito do Fundo da Marinha Mercante (FMM).

O BTG garantiu parte dos empréstimos do FMM, mas a fatia seria pequena. Essa seria a única vulnerabilidade do banco de André Esteves. A maior exposição do BTG está na MPX (R$ 552 milhões).

Santander e Morgan Stanley estão expostos ao risco da OGX, com cerca de R$ 200 milhões cada um. Procurados, os principais bancos citados não deram entrevista.

Veja os empréstimos de cada banco às empresas X
folha.com/no1340667

MPX, vendida a alemães, passa a se chamar Eneva
folha.com/no1340647


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página