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Carros verdes tentam mostrar lado 'sexy' e já miram Brasil

Cresce a aposta de montadoras em veículos híbridos e elétricos; plano para o país depende de política do governo

No caso do segmento dos carros esportivos, as marcas continuam a investir em motores menores e turbinados

GABRIEL BALDOCCHI ENVIADO ESPECIAL A FRANKFURT

De um pavilhão a outro no Salão do Automóvel de Frankfurt (o mais importante para o setor de veículos), chefes de montadoras tentam convencer o público de que carros elétricos e híbridos também podem ser divertidos.

Trata-se de uma aparente confissão de que essas tecnologias serão cada vez mais realidade na indústria, em um caminho sem volta.

O grupo Volkswagen, dono de 12 marcas que produzem mais de 200 modelos, revelou planos para lançar 40 modelos "verdes" e assim buscar a liderança no segmento até 2018.

A companhia alemã é uma das últimas a abraçar de vez a causa dos carros limpos, derrubando apostas de um possível revés na eletrificação no setor.

"O carro elétrico não deve ser uma renúncia sobre rodas", afirmou o presidente mundial do grupo, Martin Winterkorn. A gama de lançamentos da montadora vai desde o compacto europeu UP! até um luxuoso Porsche.

Marcas como Toyota, Nissan e Ford vêm enfrentando dificuldades para tentar elevar as vendas de híbridos e elétricos no mundo.

O presidente da aliança Renault-Nissan, Carlos Ghosn, disse recentemente que não conseguirá alcançar a meta de vender 1,5 milhão de unidades de elétricos até 2016, como previa inicialmente.

Os fatos passados, contudo, não ofuscaram o embalo verde de Frankfurt, onde marcas de luxo como BMW, Jaguar Land Rover e Mercedes apresentaram com destaque os modelos com tecnologias para reduzir emissões de gás carbônico.

DE OLHO NO BRASIL

A estratégia das montadoras inclui planos para o Brasil, onde até hoje foram vendidos menos de mil unidades de híbridos e elétricos.

Até a Tesla, empresa que vem se destacando por obter resultados favoráveis no setor, mostrou interesse no mercado nacional.

A intenção das marcas de lançar mais modelos no país --a Volkswagen ainda não dá data de quando isso deve acontecer-- deve exercer mais pressão para que o governo acelere o desenvolvimento de uma política para reduzir tributos no segmento. O plano está em estudo desde o início do ano.

A Jaguar Land Rover, por exemplo, depende das definições para tomar a decisão de levar os recém-lançados híbridos ao país.

"Se [o híbrido] vai pegar no Brasil tão rápido como na Europa? Acho que vai demorar mais tempo, mas o mercado brasileiro já adotou outras tecnologias muito rápido", diz o diretor-executivo da Jaguar Land Rover, Mike Wright.

No segmento dos carros esportivos, as marcas continuam a investir em motores menores e turbinados, cujo objetivo é reduzir as emissões de gás carbônico.

"A eletrificação será bem aplicada em muitos modelos. Porém, no caso dos carros de alta performance, soluções que utilizam turbo ainda dominarão o mercado por um longo tempo", disse Ola Källenius, diretor-executivo da AMG, divisão da Mercedes.


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