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Análise

Ainda há obstáculos à frente, apesar de crescimento forte

A rápida recuperação da confiança dos consumidores ao longo de agosto é um sinal favorável

FERNANDO SAMPAIO ESPECIAL PARA A FOLHA

Já há algum tempo os resultados dos indicadores de atividade econômica vêm "driblando" os especialistas.

Basta lembrar que o PIB ficou, por cinco trimestres consecutivos, abaixo das expectativas médias de bancos e consultorias --até que o dado do segundo trimestre deste ano mostrou crescimento bem acima do esperado.

O resultado de julho da Pesquisa Mensal do Comércio foi outra surpresa positiva. Sob o impacto da incerteza suscitada pela onda de manifestações, a confiança dos consumidores --que já vinha diminuindo desde o fim de 2012-- caiu com mais intensidade em julho. Isso contribuiu para a expectativa média de que as vendas do varejo se manteriam praticamente estagnadas no mês na comparação com junho.

No entanto, as vendas do varejo restrito (que exclui as lojas de carros, motos e material de construção) cresceram 1,9% ante junho --taxa bastante expressiva. E a alta foi generalizada: 7 dos 8 segmentos do varejo restrito aumentaram suas vendas.

Um dos fatores que parecem ter contribuído foi o comportamento dos preços: a pesquisa identificou uma desaceleração importante, especialmente nos segmentos de tecidos e vestuário e de supermercados e hipermercados --cujas vendas foram particularmente fortes no mês.

Olhando à frente, o que se pode esperar? A rápida recuperação da confiança dos consumidores ao longo de agosto é um sinal favorável.

Há outros, porém, menos confortáveis. A alta do dólar é um obstáculo importante à continuidade da desaceleração da inflação. E a confiança dos empresários continua fragilizada --o que se refletiu, por exemplo, no mau resultado da indústria em julho.

Ainda há perspectiva de o varejo restrito fechar o ano com alta de vendas da ordem de 4,5% --um ritmo firme, embora bem inferior à média dos últimos anos (8%). Mas isso supõe que as autoridades tenham algum sucesso no esforço de reanimar a confiança empresarial.


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