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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Produtor busca diversificação para diminuir efeitos de crise

Os tempos modernos exigem mudanças radicais no dia a dia do campo. Há uma necessidade de adoção de novas tecnologias e diversificação na produção para que o produtor não fique à mercê de um produto só.

Adepto desse conceito, John Maxwell, um produtor de Donahue, em Iowa (EUA), montou uma espécie de arca de Noé em sua propriedade.

Além da produção de soja e de milho em 2.000 hectares, tem gado de corte, gado leiteiro, produção de suínos, de carneiro e de aves. Foi além, industrializou esses produtos para agregar valor.

O primeiro problema foi como sobreviver com um esquema em que a mão de obra é cara e escassa. Optou pela tecnologia.

A ordenha do leite é feita por robô. Ao sentir fome, a vaca vai até um local específico e, enquanto se alimenta, um robô detecta sua presença e lava os úberes. Na sequência, via raio laser, detecta os úberes e começa a ordenha.

Se a vaca voltar em um curto prazo de tempo para comer, o computador esconderá o alimento.

O pouco trabalho manual feito no local é de estagiários de outros países, interessados em aprender a tecnologia criada por Maxwell e levá-la para as suas propriedades.

Boa parte do leite vai para um laticínio ao lado e se torna queijo. A automação diminui o tempo de Maxwell na fabricação do produto.

Parte da carne de gado, de suínos e de aves é comercializada pelo próprio produtor. Montou à beira da estrada que passa perto da fazenda uma loja que chama de "venda com honra".

Sempre de portas abertas aos clientes, a loja oferece sabão produzido na fazenda, ovos e cortes específicos de bovinos, de suínos, de frango e de carneiro.

A única coisa que o cliente tem de fazer é abrir as geladeiras, devidamente identificadas com os produtos que têm dentro, e escolher.

Ao fim da compra, encontra sob uma mesa uma caneta, uma máquina de somar e um local específico para deixar os cheques ou o dinheiro.

A soja e o milho ainda rendem 50% das receitas de Maxwell, mas, com a "lojinha", consegue US$ 200 por dia, o que dá uma receita próxima de US$ 70 mil dólares por ano (R$ 160 mil).

Não é muito se comparado aos US$ 300 mil que recebeu de seguro em 2012 com a quebra de safra, mas ajuda no pagamento dos poucos funcionários fixos que tem e eleva a sua renda, a da mulher e a dos dois filhos que se dedicam à fazenda.

A renda com a soja e com o milho torna-se ainda maior porque o produtor usa todo o esterco da produção animal na lavoura, o que lhe garante uma das melhores produtividades do Estado. Morando na própria fazenda, Maxwell diz que a dedicação integral é necessária.

Acordos O Brasil precisa agir rápido e fazer mais acordos bilaterais na área do agronegócio, segundo Claudio Pereira, do Irga (Instituto Riograndense do Arroz), que acaba de voltar de Cuba. "Se demorarmos, outros farão na nossa frente", diz ele.

Carnes O setor se prepara para uma série de discussões sobre tecnologias para a cadeia de carnes. Um dos objetivos desse encontro é trazer também o pequeno produtor para as discussões.

Artesanal É necessária uma valorização dos produtos que têm nos seus processos produtivos um forte componente artesanal e regional, diz Rubens Zago, idealizador dessa feira que se realizará em março em Pinhais (PR).

PRATA
-5,88%
Ontem, em Nova York

MILHO
-1,85%
Ontem, em Chicago


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