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Empresários criam versões locais para o Vale do Silício

Pontos ganham apelidos de 'Praça do Silício' e até mesmo 'Sururu Valley'

Centros em São Paulo, Belo Horizonte e Maceió tentam se firmar como referência para comunidade de start-ups

Empresários tentam replicar em cidades brasileiras o clima de negócios do Vale do Silício, na Califórnia, conhecido pela concentração de empresas de tecnologia, como Google e Facebook.

As iniciativas fazem até referência ao nome da região dos Estados Unidos: em São Paulo, é a "Praça do Silício"; em Belo Horizonte, o "San Pedro Valley" e em Alagoas, o "Sururu Valley".

A "Praça do Silício" é o apelido que um grupo de empreendedores deu à Praça da República (centro da cidade).

Um dos promotores da ideia, Pieter Lekkerkerk, 38, cofundador da Escolha Seguro, diz que, por enquanto, existe "a semente de uma rede que quer reforçar a região como uma opção viável para estabelecer start-ups" (empresas de base tecnológica).

Lekkerkerk lista os motivos pelos quais a região é interessante: aluguel barato e oferta de transporte público. Ele conta que são pelo menos seis empresas na região, até agora --outros perguntam como é ter escritório no centro.

A vantagem da proximidade é a de ter parceiros de negócios e potenciais funcionários em um só lugar.

"Não é a primeira vez que se fala disso", diz Tadeu Masano, professor de geografia de mercado da Fundação Getulio Vargas. Ele lembra que houve um projeto para levar empresas de tecnologia à região da Luz, próxima da República. Nunca saiu do papel.

A diferença agora é que a iniciativa partiu das empresas. Em casos de criação espontânea de uma identidade para uma região, ou seja, sem incentivo fiscal para que as empresas se instalem lá, a lógica é como a de um bairro residencial: "Muda-se para um local porque amigos estão lá", afirma Masano.

Em Belo Horizonte, o fenômeno é parecido: empresas instalaram-se no bairro de classe média São Pedro.

Diego Gomes, 28, fundador da Rock Content, conta cerca de dez start-ups na região. Ele diz que quatro se instalaram na mesma rua e "brincavam que São Pedro era o Vale do Silício de BH". Hoje, diz, há um senso de comunidade, com troca de experiências.

Esse intercâmbio de ideias também vem acontecendo na cidade de Maceió, afirma Tony Celestino, 29, fundador da LoteBox. Diferentemente das outras iniciativas, o Sururu Valley não é um bairro, mas todo o "ecossistema" de start-ups de Alagoas. "Concentra-se em Maceió, mas já tem movimento em Arapiraca", conta. A cidade é a segunda maior do Estado e a principal do agreste alagoano.

Diferentemente das iniciativas recentes, o parque tecnológico do Recife foi induzido com incentivos fiscais e a instalação do Porto Digital há 13 anos. O presidente da instituição, Francisco Saboya, afirma que não acredita que haveria a concentração de empresas na área não fosse a iniciativa.


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