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Variação do dólar afeta quase metade das empresas

Alta da moeda fez pequenos e médios empresários fazerem planos de cortar investimentos, trocar fornecedores ou repassar custos

A alta recente do dólar afetou a estratégia de 49% dos pequenos e médios empresários do país, segundo pesquisa do instituto de ensino Insper e do banco Santander.

O dólar à vista alcançou o patamar de R$ 2,43 em agosto, mas na sexta-feira fechou em R$ 2,21. A volatilidade é explicada pelas especulações sobre a retirada das injeções diárias da moeda feitas pelo Fed (banco central americano), na economia americana. A cada discurso do presidente, Ben Bernanke, a moeda sobe ou desce, criando incertezas no setor produtivo.

Segundo a pesquisa 16,7% dos empresários pretendiam repassar os custos maiores aos clientes e 10% iriam adiar investimentos.

Adriana Dupita, economista do banco Santander, diz que, se a cotação mais alta ou baixa favorece setores específicos, a volatilidade prejudica quase todos. "As pessoas adiam decisões. Controlar a volatilidade é o principal objetivo dos leilões do BC [o Banco Central tem feito leilões periódicos da moeda]."

José Luiz Rossi Junior, professor do Insper, diz que poucos empresários de pequeno e médio porte têm dívidas em moeda estrangeira. Ao mesmo tempo, são poucos os exportadores, mais beneficiados com a subida do dólar. "Como o nosso pequeno e médio empresário não é exportador, ele só tem o custo da importação", diz.

Por isso, 16,3% afirmaram que iriam trocar fornecedores estrangeiros por locais.

"O cliente espera para comprar, e isso atrapalha os negócios", afirma Kleber Miranda, diretor da Sunnyvale, empresa que fornece equipamentos para a indústria e comércio. Miranda tem negociado com fornecedores estrangeiros para realizar pagamentos quando a moeda está em baixa.


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