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Barilla é alvo de boicote após recusar gays em publicidade

DE SÃO PAULO

Depois de o presidente da italiana Barilla afirmar que as propagandas da marca só retratariam "famílias tradicionais", um grupo de ativistas gays da Itália lançou uma campanha de boicote contra a líder mundial em venda de massas.

O executivo disse que não aceitaria retratar famílias homossexuais e aconselhou aqueles que discordassem de suas afirmações a comprar produtos de outras marcas.

"O conceito de sagrada família permanece como um dos valores básicos da companhia", afirmou Guido Barilla, segundo o jornal britânico "The Guardian".

"Não faria isso [mostrar gays na publicidade], mas não por falta de respeito aos homossexuais, que têm o direito de fazer o que quiserem sem incomodar os outros, mas porque não vejo as coisas do mesmo jeito que eles e acredito que a família da qual falamos é a tradicional", completou o executivo.

O chefe do movimento Equality Italia, Aurelio Mancuso, reagiu às declarações de Barilla (da quarta geração da família) e lançou uma campanha de boicote contra toda a marca.

Em poucas horas, a hashtag "boicotta-barilla" virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

O presidente da marca divulgou nota em que se desculpa por ter eventualmente ofendido alguém com suas declarações e afirmou que apenas tentava chamar atenção para o papel central da mulher na família.

A entrevista em que as declarações do executivo foram feitas abordava medida proposta pela porta-voz da Câmara baixa do Parlamento italiano, Laura Boldrini, para mudar o estereótipo feminino no país.

Barilla respondeu dizendo que Boldrini não compreendia o papel fundamental da mulher para as propagandas.

Ele continuou dizendo que respeitava a todos e se declarava a favor do casamento gay, mas era contra a adoção de crianças por casais homossexuais.

A Itália, diferentemente de diversos países europeus, não permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. União civil entre homossexuais também não é aceita pela legislação.


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