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BC rebaixa expectativa de alta do PIB

Projeção de crescimento econômico no ano foi de 2,7% para 2,5%; bom desempenho agropecuário evitou queda maior

Mais produção e preços mais altos foram os pilares que fizeram da agropecuária um vetor de alta do produto

MAURO ZAFALON COLUNISTA DA FOLHA

O desempenho do setor agropecuário foi fundamental para que a estimativa de crescimento da economia brasileira, divulgada ontem pelo Banco Central, não caísse tanto.

Os números para a expansão anual do PIB (Produto Interno Bruto) foram rebaixados de 2,7%, na previsão mais recente, para 2,5%.

No início do ano, a previsão era de alta de 3,1%.

A queda na estimativa poderia ser pior se o desempenho da agropecuária não tivesse surpreendido. Ainda que representando apenas cerca de 5% do PIB, o setor se destaca no crescimento, passando de 8,4% para 10,5%.

O resultado se explica por dois pilares: volume e preços. O setor vem de uma boa safra e se prepara para uma --se o clima ajudar-- ainda maior.

Os efeitos desse cenário favorável dentro da porteira se espalham pelos demais segmentos industriais e comerciais que dão suporte à atividade agropecuária.

A regra abrange a maioria dos itens. Uns estão com um bom volume de produção; outros, além do volume, têm também bons preços.

Há exceções, mas não o suficiente para impedir que o setor agropecuário sustente o PIB global neste ano.

'AJUDA' DOS EUA

Os EUA são os principais responsáveis por parte dessa aceleração. O tamanho da safra brasileira de grãos começou a ser desenhado no ano passado, quando os americanos tiveram a pior seca em décadas no Meio-Oeste.

Redução de oferta fez o preço subir e a área semeada aumentar no Brasil. O resultado foi uma safra 13% maior do que a anterior.

Na safra 2013/14, o cenário pode se repetir, pelo menos no que se refere a soja, principal item de produção nacional. Os produtores voltam a elevar a área e esperam que a "mãe" China continue com o apetite de sempre.

No setor de grãos, os destaques ficaram para milho e soja. Quando o mercado esperava uma perda de ritmo dos preços, a alta do dólar e o clima nos EUA deram novo fôlego aos preços, principalmente aos da soja.

A produção de arroz, a terceira maior em volume no país, não teve grandes mudanças, mas os preços fizeram a diferença, com valores bem acima dos praticados no período anterior.

O trigo também ajudou. A produção, afetada por geadas, será menor, mas os preços são recordes.

Até o tomate, muito em foco no primeiro trimestre do ano, trouxe mais renda devido à disparada de preços.

O grande destaque negativo na formação do PIB agropecuário veio do café, com forte desaceleração nos preços, de até R$ 550 em 2012 para R$ 270 por saca neste ano.

O setor de carnes, após baixa de preços no primeiro semestre, mostra recuperação neste segundo.

OUTROS SETORES

O Banco Central também revisou estimativas para outros setores. Na ótica da oferta, reduziu de 1,2% para 1,1% o avanço da indústria, com a queda na previsão para a indústria de transformação.

O crescimento do setor de serviços também foi revisado para baixo, de 2,6% para 2,3%.

No âmbito da demanda, a expectativa de crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo, indicativo dos investimentos, foi revisada de 6,1% para 6,5%.


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