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Eike busca dinheiro para recuperação judicial da OGX

Petroleira precisa de recursos para funcionar enquanto para de pagar fornecedores e tenta equacionar dívida

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA RAQUEL LANDIM DE SÃO PAULO

Assessores de Eike Batista farão um périplo por bancos em Nova York na semana que vem em busca de dinheiro para a recuperação judicial da OGX, esperada para ocorrer em até 15 dias, segundo apurou a Folha.

Os executivos tentarão acesso a uma linha de crédito especial oferecida a empresas que recorrem a esse processo. A preocupação no momento é não deixar a OGX parar. E o dinheiro em caixa está quase no fim.

O plano é pedir um crédito de US$ 500 milhões. A OGX precisa de US$ 300 milhões para manter sua operação até o fim do ano. A ideia, porém, é tentar um pouco mais para ter uma folga de caixa.

A agenda das reuniões ainda está sendo fechada, mas deve incluir Goldman Sachs, Credit Suisse e Barclays.

Para convencer essas instituições, a equipe de Eike vai oferecer como garantia as fatias da OGX no campo de Tubarão Martelo, onde tem como sócia a Petronas, e no bloco BS-4, onde mantém parceria com Queiroz Galvão e com Barra Energia.

A linha de crédito que Eike irá pleitear é conhecida como DIP financing, sigla em inglês para "debtor in possession". Os bancos que aceitam conceder esse crédito cobram taxas de juros elevadas e têm preferência no pagamento durante o processo de recuperação judicial.

A peregrinação pelos bancos tornou-se urgente diante da percepção de que são remotas as chances de sucesso em outras negociações.

Eike propôs aos credores no exterior que aportassem pelo menos US$ 250 milhões na companhia. Tentava ainda convencer a Petronas a honrar o primeiro pagamento prometido ao se tornar sócia da OGX, no mesmo valor.

Reuniões com ambos os grupos estão agendadas para a próxima semana em Nova York e em Kuala Lumpur, na Malásia. Mas é consenso de que se tornou improvável que um acordo saia antes que o dinheiro da OGX termine.

Eike planeja ainda apresentar novo relatório sobre o campo de Tubarão Martelo produzido pela consultoria DeGolyer & MacNaughton aos credores e à Petronas.

O documento trará uma redução das reservas estimadas para o campo. A ideia é dar uma prova de transparência, o que pode ser útil na recuperação judicial.


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