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Compra da China de minério de ferro bate recorde em setembro

Importações crescem 15% em setembro; quase 50% da commodity brasileira tem como destino o país asiático

Consumo de petróleo produzido no exterior também atinge maior patamar histórico na 2ª maior economia global

DE SÃO PAULO

A China, principal destino do minério de ferro brasileiro, bateu recorde de importação do produto em setembro.

As compras chinesas somaram 74,6 milhões de toneladas no mês passado, 8% mais que em agosto e alta de 15% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aumento da demanda por minério de ferro e outras commodities (petróleo e cobre, por exemplo) foi interpretado por analistas como um sinal do vigor da economia chinesa, mas há dúvidas se essa força vai continuar neste trimestre.

O FMI estima que o PIB chinês vai crescer 7,6% neste ano, ritmo similar ao do ano passado (7,7%), mas muito distante das altas de dois dígitos vistas frequentemente na década passada.

No geral, as importações da segunda maior economia do mundo (atrás apenas da americana) cresceram 7,4% na comparação com setembro do ano passado.

As compras de produtos brasileiros tiveram uma alta ainda maior: 13,5% ante setembro de 2012. No ano as importações chinesas do Brasil estão praticamente estagnadas (alta de 1,3%), segundo as estatísticas de Pequim.

Os dados divulgados pelo governo chinês no fim de semana não revelam a origem dos produtos, mas o mercado do país asiático é fundamental para o Brasil.

Cerca de 50% do minério de ferro exportado pelo Brasil tem como destino a China --apenas a Austrália vende mais para os chineses. A commodity só fica atrás da soja na venda brasileira à segunda maior economia global.

PETRÓLEO

Não foi apenas o consumo de minério de ferro que bateu recorde no mês passado. As importações de petróleo da China também atingiram seu maior patamar histórico, com um crescimento (na média diária) de 28% em relação a setembro de 2012.

Segundo estimativa do governo americano divulgada na semana passada, os chineses se tornaram os maiores importadores mundiais de petróleo, em termos líquidos (diferença entre consumo total e produção doméstica), superando os EUA, que eram os líderes desde os anos 70.

O dado mostra, por um lado, que os EUA estão reduzindo à sua dependência externa devido aos avanços na exploração do gás de xisto.

Por outro, a necessidade crescente de petróleo pelos chineses, que aparecem entre os favoritos no leilão do pré-sal brasileiro que acontecerá na semana que vem, com três companhias estatais na disputa.


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