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Impasse político teve custo de pelo menos US$ 24 bi, diz agência

Estimativa da S&P é que paralisação do governo tirou, no mínimo, 0,6 ponto percentual do PIB do 4º trimestre

Empresas afirmam que perdas começaram já em setembro e que devem afetar resultado do último trimestre do ano

DE WASHINGTON

Mesmo com acordo, os EUA viverão com as consequências do impasse sobre a dívida por algum tempo, em maus resultados empresariais, incerteza econômica e repulsa da parte dos investidores externos.

A estimativa da agência Standard & Poor's é que o impasse no Congresso tenha custado pelo menos 0,6 ponto percentual no resultado do PIB do quarto trimestre, ou US$ 24 bilhões.

"O resultado é que a paralisação do governo prejudicou a economia", afirmou.

Michael Feroli, economista-chefe para os EUA do JPMorgan, não é tão pessimista, mas também prevê perda.

"A paralisação parcial do governo reduziu um pouco nossa estimativa do crescimento do PIB, mas em termos gerais o efeito será pequeno, coerente com o histórico de outros fechamentos' do governo [como no governo Bill Clinton em 1995 e 1996]."

Não são apenas os gastos menores do governo e do funcionalismo (com a paralisia de 16 dias) que afetam o PIB, mas também a perda de confiança do consumidor, cujos gastos são o principal motor da maior economia global.

Geralmente, em momentos de incerteza, o consumidor tende a frear suas compras.

A Stanley Black & Decker foi a primeira empresa a relacionar resultados insatisfatórios à paralisação. Esperava uma alta na demanda em setembro, vinculada a gastos do governo, que "não ocorreu".

Segundo ela, o impacto foi "modesto" no terceiro trimestre e deve ser "um pouco mais significativo" entre outubro e dezembro. "A boa notícia é que acreditamos que essas questões são temporárias", disse Donald Allan, vice-presidente da empresa.

Já o grupo WW Grainger, de suprimentos industriais, relatou queda de vendas "perto de 10%" nas transações com o governo.

Larry Fink, da gestora de fundos BlackRock, afirmou que os estrangeiros estão "decepcionados e preocupados" com a disposição dos políticos americanos de aceitar uma moratória da dívida.

"Mesmo com um acordo, o estrago está feito, e o resultado será uma desaceleração no crescimento", diz.

Na definição do megainvestidor Warren Buffett, as negociações de última hora são "uma arma política de destruição em massa".

A expectativa é que, devido ao impasse, o Fed (BC dos EUA) não comece neste mês a retirar os estímulos à economia de US$ 85 bilhões.

Com o "Financial Times"

Solução para calote é mero adiamento, afirma economista
folha.com/no1357827


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