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Para fomentar vendas, Chevrolet reativa setor de financiamento
Estratégia visa proteger empresa de oscilações do setor de crédito
A GM volta a atuar nesta semana no setor de financiamento de carros no Brasil por meio da Chevrolet Serviços Financeiros, nova divisão do Banco GMAC. É a forma que a empresa escolheu para contornar restrições ao crédito e encarar novos competidores em um setor que cresce abaixo do esperado.
"As vendas totais devem manter o resultado de 2012 ou registrar alta de até 0,5%", diz Santiago Chamorro, presidente da GM do Brasil.
Para o executivo, o braço financeiro será uma proteção às variações do mercado, como o aumento da taxa Selic e a volatilidade do dólar.
De acordo com a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), 53% das vendas de automóveis no país são feitas por meio de CDC (crédito direto ao consumidor). Contudo, no segmento de carros de entrada, esse percentual é maior, segundo a Chevrolet.
"Por exemplo, cerca de 70% das vendas do sedã compacto Classic [R$ 25.540] são feitas via financiamento, e a oferta de crédito é crítica nesse segmento do mercado", diz Jaime Ardila, presidente da GM América do Sul.
Oferecer crédito próprio é uma forma de marcar presença perante os carros das chinesas JAC e Chery, que serão produzidos no país a partir de 2014. A chegada de novos veículos em maior volume levará à disputa por preço e facilidades de parcelamento.
"Isso equilibrará o mercado. As novas empresas terão de lidar com os mesmos custos e questões trabalhistas que nós", diz Ardila.
A GM preparou uma campanha que destaca a opção de crédito chamada "Plano Tranquilidade". O financiamento proposto tem entrada mínima de 30% do valor do bem, parcelamento em 24 ou 36 meses e mais um valor residual (20% ou 30% do preço do carro) a ser pago no fim do contrato.
A opção inclui quatro revisões --os valores estarão embutidos nas parcelas. O cliente poderá quitar o valor residual no fim do plano ou refinanciá-lo. Outra alternativa é usar o carro como entrada na troca por um novo, abatendo o saldo devedor.
Segundo a empresa, o banco da marca (GMAC) será a 34ª maior instituição financeira do país. Sua volta ao setor ocorre após um período de crise, que culminou com a ajuda concedida pelo governo americano em 2008. O processo de reestruturação foi concluído nos EUA em 2012. (EDUARDO SODRÉ)