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Mercado

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Consumo recua, e preço do frango cai 10% nesta quinzena nas granjas de SP

Após ter saído de R$ 2,70 por quilo de ave viva no início de setembro, o frango atingiu R$ 3 ainda na primeira quinzena do mês passado, valor que manteve até o último dia 14.

A partir da segunda quinzena deste mês, o quilo de ave viva vem recuando e já está em R$ 2,65 nas granjas paulistas, uma queda de 12% no período.

A queda do frango nas granjas é reflexo do ritmo menor do consumo no varejo, segundo Heloísa Xavier, da Jox Assessoria Agropecuária.

Após um período difícil no primeiro trimestre do ano, o mercado conseguiu agregar valor ao frango, mas essa situação confortável começou a mudar com a retração de consumo, exigindo um afrouxamento dos preços.

O problema é que há uma queda geral de consumo de alimentos, afetando também as outras carnes e ovos, diz a analista da Jox.

Esse afrouxamento do lado da demanda coloca algumas indefinições no mercado. "Não há garantias para os preços de mercado, principalmente porque até o final deste mês não haverá reposição da renda dos consumidores", destaca ela.

O pagamento de salários muda a dinâmica do mercado, mas, quando ele vier, no início do próximo mês, não se sabe quanto o setor terá de estoques, acrescenta ela.

Para Xavier, o mercado vive um momento de instabilidade, e os supermercados também deverá auxiliar nessa recuperação, colocando margem menor nas vendas.

Um dos suportes do frango, a carne bovina, também está em queda. A arroba de boi, negociada a R$ 110 na segunda-feira em São São Paulo, esteve a R$ 108 ontem, aponta a Informa Economics.

Mais comida 1 O mundo precisará produzir 900 milhões de toneladas de grãos a mais por ano e 270 milhões de toneladas de carnes a mais por ano até 2050 para atender a demanda de 9 bilhões de habitantes.

Mais comida 2 A estimativa é de Alan Bojanic, diretor da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação), e foi feita no fórum "Desafio 2050" realizado em SP.

Área A produção brasileira de alimentos deverá crescer cinco vezes até lá. E mais: 80% virão de produtividade, e 20%, de mais área.

Brasil A FAO espera que o país responda por 40% do aumento.

ALGODÃO
-2,1%
Ontem, em Nova York

SUCO DE LARANJA
+2,8%
Ontem, em Nova York

Argentina terá previsão de trigo nos próximos dias

O governo argentino deverá refazer as estimativas da produção de trigo de 2013/14 nos próximos dias. As previsões iniciais de apenas 8,8 milhões de toneladas foram consideradas como uma falha do sistema de avaliação.

Na nova avaliação, o governo deverá mexer não só na produtividade, muito baixa em relação a outras estimativas, como também na área.

Se for mantida a área de 3,4 milhões de hectares, mesmo com produtividade de 50 sacas por hectare --acima das 47,7 da Bolsa de Cereais de Buenos Aires--, a safra ficaria em 10,2 milhões de toneladas.

Uma safra próxima de 11 milhões demandaria uma área de 3,6 milhões de hectares com uma produtividade de 51 sacas por hectare.

Escoamento de grãos e de carnes preocupa o governo

A maior preocupação do governo neste momento é com o escoamento de produtos. Essa dificuldade não se limita a grãos, mas também passa pelas carnes, segundo Benedito Rosa do Espírito Santo, diretor da Secretaria de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura.

O Brasil se consolida como um exportador de 20 milhões de toneladas de milho, mas perde competitividade no transporte. A situação pode ficar pior se for levado em consideração o potencial de exportação de Mato Grosso, onde há crescimento de área, mas a produtividade já está no limite, afirma Rosa.

No caso das carnes, o escoamento externo fica prejudicado pelas barreiras, em especial as sanitárias, vindas da Rússia e da China.


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