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Indústria tem pior trimestre em 2 anos

Apesar do avanço em setembro, setor fecha o período em queda de 1,4%; consultorias preveem retração do PIB no 3º tri

Segmento, que teve retração em 2012, tem retomada constante, ainda que não seja robusta, diz professor

PEDRO SOARES DO RIO

O consumo fraco, o crédito caro e restrito diante de juros maiores, a inflação alta e reajustes salariais menores (o que compromete a renda familiar) impediram uma retomada da indústria no terceiro trimestre, apesar de o setor ter voltado a crescer em setembro após dois meses.

Esse cenário, que inclui também a concorrência acirrada de importados e a dificuldade das fábricas de exportar devido à freada da economia global, levou a uma queda de 1,4% da produção industrial entre julho e setembro ante o segundo trimestre.

Trata-se do pior desempenho desde o quarto trimestre de 2011, segundo o IBGE.

Sustentada principalmente pela reação da produção de veículos, a indústria avançou 0,7% de agosto para setembro, abaixo da média das previsões do mercado --1,3%.

O crescimento mostra "uma situação melhor", mas ficou concentrado em poucos setores e não foi suficiente para zerar as perdas dos meses anteriores, segundo André Macedo, gerente do IBGE.

Para o Bradesco, o dado "reforça expectativa de retração do PIB no terceiro trimestre". O banco manteve a projeção de queda de 0,3%.

A Tendências não alterou sua estimativa de recuo de 0,2% da economia no terceiro trimestre. "O comércio cresceu mais do que o esperado e deve compensar o desempenho pior da indústria", diz Rafael Bacciotti, economista da consultoria.

Propulsor da indústria em setembro, o avanço da produção de veículos (6,2%), dizem analistas, não deve se sustentar diante de elevados estoques e tende a não contribuir no mesmo ritmo para o crescimento da indústria no último trimestre deste ano.

RETOMADA CONSTANTE

Ainda que "não seja uma retomada robusta", a indústria vive "recuperação constante" neste ano, puxada pelos bens de capital (máquinas e equipamentos destinados a investimentos), diz Mauro Rochlin, professor do Ibmec.

O economista cita o crescimento de 1,1% no acumulado dos últimos 12 meses, cuja taxa "avança mês após mês". A indústria fechou 2012 com retração de 2,6%.


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