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Outro lado

'Dinheiro não tem carimbo', diz ex-banqueiro

DE SÃO PAULO

Edemar Cid Ferreira diz que a investigação conduzida no exterior pela OAR foi ilegal e acusa o síndico da massa falida do Banco Santos, Vânio Aguiar, de liderar uma "quadrilha de achaque" com apoio até de promotores.

Segundo Edemar, o contrato entre a OAR e a massa falida do banco prevê que 30% dos bens recuperados no exterior sejam dados em pagamento à companhia. Caso não encontrem ativos, 20% do que já foi arrecadado pela massa vai em pagamento.

"Não acharam nada de novo lá fora. Na verdade, só querem 20% de um dinheiro meu que está no exterior e que a Justiça sabe desde 2007."

O ex-banqueiro afirma que as investigações feitas pela OAR feriram a legislação.

"A Lei de Falências determina que o falido participe e colabore com as ações do síndico da massa falida. O correto seria usar a estrutura do Ministério da Justiça para a quebra de sigilo no exterior."

Edemar negou ser dono das empresas em paraísos fiscais mencionadas na investigação. Confirmou ser o titular apenas da Alsace Lorraine e da Montvale. "Elas fizeram operações legítimas registradas pelo BC", afirma.

Para Edemar, não há, nas 6.000 páginas anexadas pela OAR ao processo, prova de que o dinheiro saiu do banco, entrou nas suas empresas no exterior e, depois, foi usado na construção de sua casa ou na compra das obras de arte. "Dinheiro não tem carimbo", disse.

Procurado, Vânio Aguiar não quis comentar.


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