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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Agronegócio ajuda setor de implementos e de serviços

A indústria se animou com a venda de caminhões. Após ter queda no faturamento em 2012, os licenciamentos subiram 14% até outubro. As montadoras investirão R$ 4,6 bilhões até 2016.

A alta nas vendas ocorre, em boa parte, devido à produção no campo. Se o agronegócio puxa a venda de caminhões, o bom desempenho desses se espalha pelos segmentos que fornecem produtos e serviços. O resultado é uma revisão do plano de crescimento e de investimentos.

"Já estamos sentindo a retomada", destaca o diretor-executivo da Randon, Norberto José Fabris. Em 2012, o mercado vendeu 52 mil reboques. Em 2013, serão 68 mil, afirma.

De olho no potencial do mercado, a empresa investiu R$ 500 milhões em sete anos. Em 2012, reduziu o número de trabalhadores, mas neste ano já repôs esses funcionários e vai contratar mais 300.

Com investimento de R$ 15 milhões, a Rodoforte abrirá unidade em Jacutinga (MG), que começa a operar em 2014 e elevará em 20% a capacidade de produção. Junto com a unidade de Sumaré (SP), a expectativa é elevar a produção em 40% em 2014.

"O setor de implementos depende muito do de caminhões e já sentimos o reflexo da retomada", diz José Soler, diretor-executivo.

Outra área que lucra com as vendas de caminhões, de tratores e de máquinas agrícolas é a de pneus. "A expectativa é de expansão de 11% neste ano e de 10% em 2014", diz o diretor comercial da Vipal, Plínio de Luca.

A Continental viu seu faturamento encolher cerca de 50% em 2012, devido à redução nas vendas de caminhões e à briga com os importados. "Para este ano, a expectativa é de expansão de 90% ante 2012", diz Renato Sarzano, diretor-superintendente.

O aumento de demanda fará a Bridgestone contratar 300 trabalhadores em 2014. De acordo com o gerente-geral Marcos Aoki, a empresa acumula alta de 20% na comercialização até setembro.

A Pirelli anunciou que vai investir US$ 200 milhões até 2015 para desenvolver uma nova linha de pneus.

O setor de reforma de pneus também está animado, e deverá crescer de 10% a 15% neste ano, segundo Saulo Muniz Gonçalves, diretor comercial da Moreflex.

Cana A safra 2014/15 terá área de corte de 7,7 milhões de hectares no centro-sul e de 1,1 milhão no Nordeste.

Renovar A avaliação é de Julio Maria Borges, da JOB Economia e Planejamento. O rendimento agrícola no centro-sul será de 80 toneladas de cana por hectare, graças à renovação de canaviais e ao clima.

Moagem Borges acredita em uma moagem de 617 milhões de toneladas no centro-sul, com uma sobra de 23 milhões. O rendimento industrial deverá ser de 136 kg de ATR por tonelada de cana.

Lições de 2013/14 A lição do Brasil para os demais países é que, apesar do aumento da moagem, o país não vai ter aumento da produção de açúcar, que fica em 34,4 milhões de toneladas em 2013/14.

Perspectivas O fim dos investimentos no setor fará com que a safra 2014/15 seja a última do centro-sul a ter expansão relevante de moagem, que deverá ficar entre 4% e 5%, segundo Borges.


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