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Para analistas, cai a atratividade do Brasil

Em pesquisa, só 10% de 750 investidores acham que nota do país não cai em 2014

Cenário deve se manter em 2014, ano eleitoral, sem redução de gastos públicos nem aumento de impostos, afirmam

CAROLINA MATOS ANDERSON FIGO DE SÃO PAULO

A aprovação, no Congresso, do projeto que desobriga o governo de cumprir a meta de superavit primário --poupança para pagar os juros da dívida pública-- reforçou no mercado financeiro a percepção de que o Brasil passa por um descontrole em sua capacidade de equilibrar receitas e despesas (esforço fiscal).

E esse cenário abala a imagem do país aos olhos de investidores estrangeiros, de acordo com analistas.

Para os economistas, esse ambiente faz com que, em momentos de fuga dos investidores de aplicações consideradas de maior risco --quando há instabilidades no mercado internacional--, a aversão ao Brasil seja mais intensa que a outros emergentes.

Prova disso é que, no ano, até ontem, o Ibovespa, principal do mercado acionário brasileira, tinha queda de 13,56% em reais e 23,06% em dólares --a maior desvalorização entre as Bolsas dos dez principais países emergentes.

Em segundo lugar vinha a baixa da Bolsa chilena, de 20,67% no ano em dólares.

Já o real tinha desvalorização de 11,35% em 2013 em relação ao dólar: a quinta maior entre as 24 moedas emergentes mais negociadas.

"Para mudar a situação fiscal, o governo precisaria tomar uma série de medidas, como cortar gastos e impostos", diz Paulo Gala, estrategista da Fator Corretora.

Para Julio Hegedus, economista-chefe da consultoria Lopes Filho, o descontrole fiscal deve permanecer pelo menos durante 2014, porque o governo não vai reduzir gastos nem aumentar impostos em ano eleitoral. "E continuamos com inflação elevada e crescimento modesto do PIB [Produto Interno Bruto], o que prejudica ainda mais nossa imagem no exterior."

Segundo pesquisa da agência de notícias internacional Bloomberg, só 10% de 750 analistas e investidores acreditam que o país não terá sua nota rebaixada em 2014 por agências de classificação de risco. E 51% estão pessimistas com a política de Dilma Rousseff, em comparação com 22% em janeiro de 2011, quando ela assumiu o governo.


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