Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Índia acena com garantias para salvar pacote em reunião da OMC

País pode assumir compromisso de não exportar alimento em estoque

Brasil avalia apoiar aliado de Brics; sem consenso mínimo, entidade comercial pode naufragar

RAQUEL LANDIM ENVIADA ESPECIAL A BALI (INDONÉSIA)

Para haver acordo na conferência ministerial da Organização Mundial do Comércio, iniciada ontem em Bali, a Índia aceita dar "garantias" de que seus programas de segurança alimentar não distorcerão o comércio global.

A promessa foi feita pelo ministro do Comércio, Anand Sharma, ao colega sul-africano Rob Davies e ao chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo. "A Índia está determinada a concluir Bali com êxito", disse Figueiredo.

A resistência indiana é o maior obstáculo ao modesto pacote de liberalização comercial previsto para Bali.

Países como Paquistão e Argentina também têm queixas, mas só a Índia tem peso político para bloquear o acordo. A reunião de Bali, que vai até sexta-feira, é um teste de fogo para a OMC, que em caso de fracasso pode se esvaziar.

A posição indiana só será conhecida hoje, quando os ministros discursarem em plenária. "Ainda não posso comentar, mas o mais importante para a Índia é que a solução interina seja contínua até a solução definitiva", diz Sharma ontem à Folha.

Com milhões de pequenos agricultores e eleições no horizonte, os indianos querem uma "cláusula de paz" no acordo que impeça os demais de questionarem na OMC seus programas de formação de estoques de alimentos pelo prazo "necessário".

Mas EUA e outros veem nisso um cheque em branco para perpetuar a exceção e pedem um limite de quatro anos. O temor é os estoques de alimentos indianos "vazarem" para o mercado internacional e afetarem cotações.

Daí o aceno indiano com garantias (por exemplo, o compromisso de não exportar alimentos dos estoques).

Isolada até então, a Índia ganhou um aliado de peso: o Brasil. A Folha apurou que, de olho no mercado asiático para suas exportações, o país aceita conferir se as garantias indianas serão suficientes.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página