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Petrobras terá ano perdido, dizem analistas

Mesmo que a produção de petróleo aumente 7% em 2014, como é esperado, nível vai apenas voltar ao de 2010

Para economistas, estatal deveria frear investimentos para evitar mais dívida e crédito mais caro

DENISE LUNA DO RIO

Desacelerar investimentos seria a melhor saída para que a Petrobras evite um desastre ainda maior em 2014, dizem analistas do setor.

Eles temem que o aumento do endividamento da companhia leve ao rebaixamento da empresa por agências de risco, o que aumentaria o custo dos inevitáveis futuros empréstimos.

Mas, em ano eleitoral, dificilmente haverá redução dos 947 projetos em andamento, reconhecem analistas que acompanham a empresa, e que, em maior ou menor grau, já consideram 2014 um ano perdido.

O Plano de Negócios para o período 2013-2017, que está sendo revisado para o período 2014-2018, prevê investimentos de US$ 236,5 bilhões, ou US$ 47,3 bilhões por ano.

A companhia deve fechar 2013 com a produção em queda e lucro menor em relação ao ano passado.

Mesmo que a produção de petróleo aumente 7% em 2014, como é esperado, a queda deste ano, de até 3%, limitará o aumento de produção ao nível de 2010.

Ou seja, a empresa voltará três anos na história, observa Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.

"Ficou muito complicada a situação da empresa, não sei como ela vai sobreviver até as eleições. Vai ter que torcer para não ser rebaixada (pelas agências de risco), para o dólar cair, para o petróleo não subir."

Marcelo Torto, da Ativa Corretora, lembra que no próximo plano a empresa terá que incorporar os investimentos no campo de Libra, que vão consumir, nos próximos 10 anos, até R$ 100 bilhões.

"O futuro é incerto para a empresa; 2014 é mais para negativo", diz Torto.

Gustavo Gattass, do BTG Pactual, continua com indicação neutra para as ações da empresa e não vê muita disposição para a desaceleração dos investimentos. "Vai aumentar a dívida se continuar gastando. Deveria gastar menos, é o que toda família faz quando não tem caixa."

Sem nenhuma expectativa de novos aumentos de combustíveis para recompor o caixa da companhia no ano que vem, limitados pelo impacto que poderiam ter na inflação em ano eleitoral, a Petrobras não terá outra saída a não ser aumentar a dívida, diz Pedro Galdi, economista-chefe da SLW Corretora.

"A Petrobras continua nas mãos do governo e até as eleições continuará a ser prejudicada", afirma.


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