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UE aplica multa recorde em bancos por formar cartel

Deutsche Bank, Société Générale e outros são condenados por manipular juros

LEANDRO COLON DE LONDRES

A Comissão Europeia anunciou ontem que cinco grandes bancos e uma corretora foram multados em € 1,7 bilhão (algo em torno de R$ 5,4 bilhões) por formação de cartel na manipulação de taxas referenciais de juros.

Outras duas instituições bancárias também participaram do esquema, mas foram eximidas do pagamento de multa por terem ajudado a revelá-lo.

A penalidade é considerada recorde na Europa.

Em comunicado, a comissão informou que quatro das instituições participaram de um conluio para interferir nas taxas de transações interbancárias em euro (Euribor) entre 2005 e 2008 e seis agiram nas taxas em Iene (moeda japonesa), de 2007 a 2010.

As investigações começaram, respectivamente, em fevereiro e março deste ano.

Os bancos multados estão entre os maiores a atuarem na Europa: Deutsche Bank (Alemanha), RBS (Escócia), Société Générale (França), Citigroup (EUA) e JPMorgan (EUA), além da corretora britânica RP Martin.

O UBS (Suíça) e o Barclays (Reino Unido) também estavam envolvidos no esquema, mas receberam uma espécie de imunidade de multa porque revelaram o ocorrido.

Os demais tiveram descontos por colaborar de alguma maneira com a investigação.

O alemão Deutsche Bank, envolvido nos cartéis em euro e iene, recebeu a maior penalidade, € 725 milhões, seguido pelo francês Société Générale, com € 446 milhões.

"O que choca não é só a manipulação, mas também o conluio entre bancos que deveriam estar competindo. A decisão de hoje envia uma mensagem clara de que a Comissão está determinada a combater e punir estes cartéis no setor financeiro", disse Joaquín Almunia, vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela área de competição.

A comissão informou ainda que outros dois bancos, o francês Crédit Agricole e o britânico HSBC, ainda não foram punidos, mas estão sob investigação pelo esquema.


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