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Cade recomenda restrições à fusão que criou gigante do ensino no país

Órgão considera que união entre Anhanguera e Kroton gera concentração em alguns municípios

Superintendência-Geral vê risco a alunos, como aumento de preços; Kroton diz que buscará solução negociada

RENATA AGOSTINI DE BRASÍLIA

A Superintendência-Geral do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) detectou problemas concorrenciais na fusão entre os grupos de educação Anhanguera e Kroton, anunciada em abril, e recomendou a aplicação de restrições à operação.

A incorporação da Anhanguera pela Kroton, avaliada em R$ 5 bilhões, criou uma gigante global do ensino, com quase 1 milhão de alunos no país. A Kroton Educacional tem 534.392 estudantes, e a Anhanguera, 428.779.

Para o órgão, a união gera alta concentração em três municípios no segmento de ensino presencial e em 55 municípios na educação à distância --incluindo cursos que são oferecidos nacionalmente e os ofertados só localmente.

O parecer do órgão foi publicado ontem no "Diário Oficial da União". Caberá ao Tribunal do Cade analisar a recomendação e julgar quais devem ser as restrições. O Cade pode aplicá-las unilateralmente ou por meio de acordo com as empresas.

Os locais com problemas concorrenciais reúnem 2,7% do total de alunos das duas empresas juntas no segmento presencial. Já a concentração no ensino à distância foi verificada em 171 cursos, que reúnem cerca de 6% do total de alunos das companhias.

Após o anúncio da fusão, a Kroton indicou que havia sobreposição das operações em quatro municípios no ensino presencial, concentração avaliada como baixa por seus executivos na época.

De acordo com a Superintendência-Geral do Cade, se a operação for aprovada sem restrições, haverá risco de prejuízo aos alunos dos cursos e dos municípios, como aumento de preços, redução da oferta de serviços e queda na qualidade de ensino.

Isso porque as instituições concorrentes de Kroton e Anhanguera não seriam capazes de oferecer rivalidade suficiente nos mercados em que foram detectados os problemas concorrenciais.

A avaliação é que as duas companhias, devido à escala e à capilaridade, têm vantagens na captação de alunos, no catálogo de cursos oferecidos e nos preços.

A Kroton comunicou a seus investidores que as companhias buscarão uma solução negociada "tão logo seja possível" para afastar preocupações concorrenciais e obter a aprovação do acordo.

Cade mantém multa à Anhanguera por omissão de dados na compra de empresas
folha.com/no1380758


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