Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Análise

Acerte suas contas para enfrentar alta de juro e preço

Taxas devem ficar maiores em 2014, e inflação, reduzir o poder de compra

SAMY DANA ESPECIAL PARA A FOLHA

Na sexta-feira, foram divulgados os dados de inflação no Brasil referentes a novembro. Segundo o IBGE, os preços aumentaram 0,54% no mês, acumulando alta de 5,77% no IPCA (índice oficial) nos últimos 12 meses, ante os 5,84% de outubro, mês em que a inflação ficou em 0,57%.

O resultado foi puxado principalmente pela desaceleração dos alimentos. O aumento menor chama a atenção, mas não chega nem perto de compensar as constantes altas dos últimos dois anos, que tornaram a refeição do brasileiro muito mais cara.

Altos custos em alimentação e bens de subsistência provocam efeitos indigestos na renda disponível do cidadão. Indivíduos com orçamento mais restrito direcionam, naturalmente, uma parcela grande de sua renda para adquirir esses produtos, que são essenciais.

Com as constantes elevações dos preços, a situação do cidadão com menor poder aquisitivo piora ainda mais, pois se faz necessário dedicar quase que a totalidade da renda às compras básicas.

Assim, sua capacidade de pagamento diminui, sendo preciso deixar para sanar as dívidas no futuro, podendo complicar o endividamento e aumentar a inadimplência no médio e longo prazo.

Para piorar o cenário já crítico, a principal ferramenta de controle da inflação utilizada pelo governo é a taxa de juros, que incide diretamente sobre o custo das operações de crédito. Com as previsões de aumentos futuros do juro básico (Selic), dos atuais 10% ao ano para 10,5% ao ano, as taxas ao consumidor ficam mais salgadas.

Além disso, a inflação tem um efeito indireto sobre a inadimplência: reduz o poder de compra e acaba comprometendo a chance das famílias de honrar as dívidas e fechar o orçamento doméstico.

Para o consumidor, o melhor é tentar ajustar suas finanças para evitar as turbulências que 2014 promete.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página