Folha de S.Paulo

Mercado aberto

Grupo imobiliário de Goiânia vai lançar o terceiro shopping

Após entrar no segmento de construções comerciais para locação, a EBM, empresa de desenvolvimento imobiliário com sede em Goiânia, vai lançar o seu terceiro shopping center.

O empreendimento será erguido em São João da Boa Vista (a 215 km de São Paulo), com investimento estimado em R$ 100 milhões.

A empresa já havia anunciado recentemente outros dois projetos comerciais, um centro atacadista de compras e um shopping de vizinhança, ambos na capital de Goiás, que receberão um aporte de mais R$ 100 milhões.

A unidade do interior paulista terá 15 mil metros quadrados de ABL (área bruta locável), o suficiente para a instalação de cerca de cem lojas.

A escolha do município levou em conta a falta de empreendimentos do gênero na região, segundo Bento Odilon Moreira Filho, sócio e vice-presidente do grupo.

"Hoje, se os consumidores buscam áreas de compras e de lazer com esse formato, geralmente viajam a Campinas ou a Ribeirão Preto, que estão a mais de uma hora de carro", diz o empresário.

"Ao lado do futuro shopping está em obras um campus da Unesp, o que também vai ampliar o potencial do negócio", afirma.

Parte dos recursos para a construção virá de investidores, segundo Moreira Filho.

Antes de diversificar sua atuação no segmento imobiliário, a EBM atuava sobretudo com incorporação residencial. O grupo lançou projetos em cinco Estados, a maioria deles em Goiás, em São Paulo e no Distrito Federal.

MELHORA ANUNCIADA

Com sinais de recuperação da crise europeia, a população do continente está mais otimista em relação à economia e à renda.

Indicador da consultoria GfK que mensura a confiança do consumidor europeu passou de 6 pontos, no terceiro trimestre de 2013, para 14 no último trimestre (em escala que varia de -100 a 100).

A elevação foi puxada pela melhora de índices, como o da expectativa de rendimento (que passou de -17 para -12) e o da propensão ao consumo (de -14 para -10).

Portugal registrou no período uma redução no desemprego e a expectativa da população quanto à renda atingiu -23, o patamar mais elevado desde setembro de 2010.

A confiança no país passou de -29 no terceiro trimestre de 2013 para -12 no último.

Os espanhóis também estão mais mais confiantes. O indicador, que alcançou 7 pontos, subiu 45, considerado o seu patamar mais baixo, em maio de 2013.

Antidumping reduzirá fatia de pneus de bicicleta importados

A decisão do governo de aplicar uma tarifa antidumping a pneus de bicicleta de empresas da China, do Vietnã e da Índia deverá reduzir a participação dos produtos importados de 50% para 30% do mercado brasileiro.

A projeção é da Levorin, única fabricante nacional do produto e responsável pelo pedido de investigação de dumping feito ao Ministério do Desenvolvimento em 2012.

"Isso não significa que necessariamente essa fatia passará para nós. O mercado deverá diminuir", diz Henning von Koss, CEO da Levorin.

A empresa tem cerca de 2.000 funcionários em duas fábricas, em Guarulhos (SP) e Manaus. A unidade amazonense foi inaugurada em 2012, após aporte de cerca de R$ 100 milhões.

"Independentemente da questão do dumping, já tínhamos investido para oferecer um material de qualidade. Agora, a medida dará isonomia para o produto nacional, vamos jogar com as mesmas regras", diz o executivo.

A tarifa será cobrada por quilo de pneu importado dos três países, com variação de US$ 0,28 a US$ 3,85, e valerá pelo prazo de cinco anos.

"A medida só incluiu empresas que não conseguiram justificar por que praticavam um preço tão baixo."

A sobretaxa não abrange pneus de kevlar e poliuretano, de alta performance.

Levantamento... A Johnson Health Tech, marca internacional de equipamentos para academias, vai inaugurar uma loja de 500 m² na cidade de São Paulo. O investimento é de cerca de R$ 950 mil.

...de peso A abertura será a primeira do plano de expansão da empresa, que pretende ter 30 novos pontos no Brasil até 2015. Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba também fazem parte do projeto.

DO VINHO AO UÍSQUE

A fabricante gaúcha de vinhos Salton entrará no segmento de uísques neste ano.

Em uma nova planta em Jarinu (SP), produzirá a bebida (cujo nome não foi divulgado) e o conhaque Presidente --hoje fabricado em uma unidade em São Paulo, que será desativada.

"A planta atual opera com 50% da capacidade. Não temos como aumentar esse número por questões logísticas. Não há espaço para caminhões estacionarem nem para estocagem", diz Daniel Salton, presidente da empresa.

Salton prevê que o uísque represente cerca de 5% da receita da companhia em um ano. Foram investidos cerca de R$ 15 milhões no novo projeto do grupo.

A empresa também está reformulando sua unidade em Porto Alegre.

Na última etapa das obras, que envolve melhorias para receber turistas, um segundo aporte deverá ficar ao redor de R$ 7 milhões.