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Cuba incentiva cooperativas para criar vagas sem fomentar o capitalismo

DA REUTERS

As lentas e cautelosas reformas de Cuba para reanimar a economia estatal do país ganharam vida subitamente em empresas como o Karabali, um nightclub de Havana controlado por uma cooperativa de 21 integrantes.

O governo comunista arrendou o Karabali aos funcionários da casa apenas seis meses atrás, e o local, no passado sonolento, agora vive lotado, com mais 100 fregueses ocupando as mesas da meia-noite ao nascer do dia, a despeito da competição de dezenas de casas noturnas estatais e privadas na cidade.

Um sentimento de propriedade substituiu a apatia que aflige muitas empresas estatais, e os membros da cooperativa estão otimistas.

Há muito entusiasmo quanto ao lugar, os salários triplicaram e eles recebem uma parcela dos lucros.

"Agora temos uma sensação mais forte de que a casa nos pertence", diz Heydell Alom, 38, bartender do Karabali há 11 anos.

"Aqui ninguém rouba. O lugar pertence a todos. Ganhamos dependendo daquilo que podemos realizar, e não temos quaisquer problemas com o governo."

As autoridades cubanas estão transformando mais e mais empresas estatais em cooperativas e oferecendo incentivos para que pequenas empresas privadas sigam o mesmo caminho.

Cerca de 450 foram criadas nos últimos 12 meses, e os planos preveem que outros milhares surjam.

A iniciativa é uma das reformas de abertura de mercado ordenadas pelo ditador Raúl Castro, que já fizeram surgir milhares de empresas privadas desde 2010.

As cooperativas fazem parte do esforço de equilibrismo político do governo, que precisa excluir centenas de milhares de trabalhadores das folhas de pagamento do Estado, mas quer retardar a ascensão do capitalismo.

De muitas formas o Estado prefere cooperativas a empresas privadas, nas quais os proprietários ficam com os lucros do trabalho de seus empregados.

Como é típico nas reformas cubanas, o esforço para estabelecer mais cooperativas começou em forma de experiência, que será expandida se for considerada bem-sucedida.

Os partidários do esforço o veem como maneira de permitir a livre empresa, da mesma forma que outros governos comunistas fizeram, mas limitar o avanço inevitável na disparidade de renda.


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