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A copa como ela é

Lojistas da 25 de Março temem encalhe após Copa

Vendas foram maiores em 2010, no torneio da África do Sul, diz entidade

Para comerciantes, protestos contra o evento, inflação e juros altos desanimaram os consumidores

DE SÃO PAULO

Lojistas da 25 de Março, a rua de comércio popular mais famosa do Brasil, já consideram a possibilidade de produtos para a Copa do Mundo encalharem nos estoques após o evento.

O ritmo de vendas está menor que o da Copa de 2010, na África do Sul, segundo a Univinco (união dos lojistas da rua e adjacências).

O menor otimismo dos varejistas vem desde a preparação para o torneio. Segundo a associação, alguns empresários investiram menos para este Mundial. Até a decoração das vias da região, feita com três meses de antecedência na última Copa, não está sendo planejada.

A estimativa inicial da entidade era de crescimento de 8% nas vendas em relação a 2010. Mas a calmaria na 25 de Março até o início de maio pode empurrar esse índice para baixo.

Com 16 pontos de venda na Grande São Paulo, a rede Armarinhos Fernando investiu pesado em produtos para a Copa, segundo o gerente da loja da 25 de Março, Ondamar Ferreira. Agora, lida com a possibilidade de que bandeiras fiquem no estoque.

"É complicado dizer que não tem esse risco. Tanta manifestação e essa desmotivação acabam atrapalhando o comércio", afirma.

Além dos protestos, o gerente da loja FestaBox, Célio Silva, aponta o cenário econômico como outro entrave.

Há dois anos, Silva diz que a previsão era de alta de 40% nos negócios na comparação com 2010. Após mudanças na economia, que incluíram juros mais altos, aumento da inflação e crédito caro, a estimativa caiu para 20%.

"Na Copa anterior havia uma explosão de negócios. Agora não há explosão."

Apesar da queda, o gerente prevê que o investimento de R$ 1 milhão será recompensado no próximo mês.

"Se me perguntasse há 20 dias, estaria mais receoso. Mas maio entrou com boas vendas no feriado."

A esperança é que as próximas semanas tragam os consumidores que ainda não apareceram. "Agora estamos vendendo razoavelmente bem, com o 1º de Maio e o Dia das Mães, mas esperávamos um movimento mais forte. Ainda pensamos que isso vai acontecer", diz o gerente da Armarinhos Fernando.

Segundo ele, em 2010, os 15 dias antes da Copa foram os mais rentáveis. A expectativa é que isso se repita, mas o ambiente, por enquanto, é de frustração. "Esperávamos que a Copa, por ser no Brasil, fosse mais lucrativa para o comércio", diz.


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