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Mercado aberto
MARIA CRISTINA FRIAS cristina.frias@uol.com.br
'Unimeds' rompem parceria para o atendimento a clientes da Grande SP
A Unimed Paulistana, que atua nas cidades da região metropolitana de São Paulo, não atenderá mais os clientes da Unimed Seguros, operadora do sistema Unimed. As duas empresas romperam nesta semana.
A Paulistana aponta como principal causa do embate a invasão da Seguros em sua área de venda.
A Unimed Seguros havia enviado a alguns clientes da Paulistana, no fim do ano passado, boletos bancários que, se pagos, faziam o consumidor aderir a seus planos.
O caso fez a cooperativa de São Paulo entrar com uma ação na Justiça.
"Eles assediaram nossos clientes para vender seus planos e formaram uma rede de atendimento própria, abordando nossos cooperados", diz o presidente da Unimed Paulistana, Paulo Leme.
De acordo com o diretor da Unimed Seguros Alexandre Ruschi, a empresa precisou cadastrar médicos e hospitais para atender seus clientes devido às reclamações feitas contra a Paulistana.
"A Unimed Paulistana tem enfrentado dificuldades. Alguns hospitais romperam contrato com ela. Precisamos garantir um serviço de qualidade e, por isso, credenciamos médicos", diz.
A Unimed Seguros tem o direito de comercializar produtos na região de São Paulo desde que a Paulistana, responsável por atender a área, autorize, segundo Leme.
O executivo da Unimed Seguros afirma que possui uma rede de profissionais na localidade que poderá substituir o atendimento antes realizado pela Unimed Paulistana.
Suspensão... A Unimed Paulistana teve ontem 35 planos de saúde suspensos pela ANS (Agência Nacional de Saúde) por falhas no cumprimento dos prazos de atendimento e por negativas indevidas de cobertura.
...e crise A cooperativa foi a que teve o maior número de planos suspensos entre as 36 operadoras que foram penalizadas pelo órgão.
Finanças A empresa enfrenta uma crise. Em 2011 e 2012, teve prejuízo de R$ 25 milhões e R$ 121 milhões, respectivamente. No ano passado, o lucro foi de R$ 7,4 milhões.
Latinos O BID e a Prefeitura de SP realizarão em 10 de junho o Fórum "América Latina e Caribe Global". Luis Moreno, presidente do banco, o ex-presidente Lula, o prefeito Fernando Haddad e grandes empresários estarão presentes.
Mãos à obra A construtora e incorporadora Gafisa selecionou a Grey para cuidar de sua conta publicitária no Brasil e no exterior. A agência será responsável pela comunicação da marca em todos os meios em ações e eventos.
Mais refresco A rede de picolés Los Paleteros pretende abrir 35 novos pontos neste ano nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Hoje, são 27 lojas --a maior parte no Sul do país. O primeiro ponto paulistano foi inaugurado em abril.
LIVRO COM GELADEIRA
O Walmart.com venderá em sua plataforma livros e outros produtos da Saraiva, por meio de uma parceria que foi fechada entre as duas redes.
De início, serão cerca de 100 mil itens compartilhados. "Esse volume deverá chegar a 1,5 milhão de títulos até o final de julho", afirma Flávio Dias, presidente do Walmart.com.
A primeira fase incluirá livros, CDs, DVDs e produtos de papelaria.
Embora atue no mercado digital com um site próprio, a Saraiva avalia que a estratégia não trará uma concorrência direta.
"[A ação] vai aumentar as nossas possibilidades de vendas e a penetração do nosso carro-chefe, que são os livros", afirma Michel Levy, CEO da Saraiva.
Apesar da união, a entrega continuará separada, mesmo quando o cliente fechar uma compra em que houver produtos fornecidos pelas duas empresas.
O e-commerce representa 30% das vendas de varejo da Saraiva. O Walmart.com não abre dados sobre o desempenho do negócio.
estabilidade no vermelho
O pagamento de dívidas atrasadas que estavam registradas no SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) se manteve praticamente estável em abril em relação a março, segundo a Boa Vista, que administra o sistema.
O indicador de recuperação de crédito, obtido a partir do número de inadimplentes que regularizaram a situação, teve um avanço de apenas 0,2% em abril.
"A maior causa é a queda da inadimplência. Como menos pessoas entraram [na lista de devedores], também saíram menos", diz Flávio Calife, economista da entidade.
A alta dos juros, que dificulta a negociação de débitos, é outro motivo para a estagnação, afirma Calife.