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Há fundos específicos para ações de empresas que pagam dividendos

Equipe de analistas de bancos consegue mais informações qualificadas para montar carteira

Em compensação, investidor deve estar atento para taxas cobradas, que podem reduzir os ganhos

DE SÃO PAULO

O investidor que não quiser montar sua própria carteira de dividendos pode transferir a um gestor de fundo de ações essa tarefa. Os maiores bancos de varejo do país possuem produtos do tipo (veja quadro acima).

"A vantagem é que o investidor terceiriza a escolha das ações e a transfere para um gestor que vai avaliar as opções com base nas perspectivas futuras e que eventualmente terá mais acesso a informação especializada do que quem está aplicando", afirma Clemens Nunes, professor de economia da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Mas é preciso lembrar que, mesmo sendo um fundo, continua sendo um investimento em renda variável. Logo, a primeira preocupação deve ser com o perfil de risco --se o investidor aguenta perdas no curto prazo-- e com o horizonte de investimento, afirma João Guimarães, superintendente da gestora Santander Asset Management.

"Olhar o longo prazo é importante para que o investidor possa absorver eventuais oscilações que os fundos de ações apresentem", diz.

De qualquer forma, a estratégia é vista com bons olhos pelos gestores. "Essas empresas que pagam bons dividendos costumam ser mais estáveis", analisa Gilberto Nagai, superintendente de renda variável da gestora Itaú Asset Management.

Nagai tem avaliação semelhante à de Clemens: o fundo tem uma equipe de analistas que acaba recolhendo mais informações do que o investidor sozinho, o que seria uma vantagem na hora de escolher os papéis para a carteira que o compõe.

CUIDADOS

Antes de escolher um fundo, é preciso analisar taxas que podem diminuir o ganho do investidor, como a de administração, cobrada anualmente. Há fundos que cobram ainda taxa de performance, que incide sobre uma fatia da rentabilidade do fundo que supere a variação de um determinado índice.

Outro fator a ser considerado é o histórico do fundo, uma forma de conhecer a rentabilidade do produto no longo prazo --consultores recomendam olhar pelo menos 36 meses passados.

O investidor também deve estudar a composição do fundo para saber em quais papéis ele investe.

E, embora o fundo aplique em ações que paguem dividendos, não necessariamente esse valor vai ser creditado na conta do cotista. Isso porque há produtos que reinvestem o valor recebido e compram mais ações.

Em compensação, segundo os gestores, esses fundos que não pagam o dividendo diretamente ao cotista costumam ter rentabilidade superior à daqueles cujos investidores recebem em conta as fatias de lucros.

Um detalhe: no caso dos fundos que pagam o dividendo diretamente ao investidor, essa quantia, embora faça parte do ganho, não é incluída no cálculo de rentabilidade da aplicação.


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