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Empresa francesa compra trem maior do que plataforma

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A empresa francesa SNCF encomendou 341 trens mais largos do que suas plataformas --erro que deve custar dezenas de milhões de euros.

Um porta-voz do operador nacional do sistema ferroviário, o RFF, confirmou o problema, informado pela publicação "Le Canard enchaîné" nesta quarta-feira (21).

Por causa do equívoco, 1.300 estações terão de ser alargadas, a um custo de pelo menos 50 milhões de euros (R$ 152 milhões).

Segundo a publicação, cerca de 2 mil trens com o problema foram comprados por 15 bilhões de euros, o equivalente a R$ 45,6 bilhões.

A SNCF, porém, disse o erro afetou 341 trens, sem especificar quanto custaram.

Ao jornal "The Telegraph", Alain Guedé, jornalista do "Le Canard", disse que a diferença ocorre porque a empresa estaria considerando apenas os trens já entregues.

O diretor de comunicações da rede ferroviária da França, Christophe Piednoel, disse à rádio France Info que o trabalho de deslocamento dos vagões e o alargamento das plataformas já começou.

No entanto, ele ressaltou que centenas de trechos ainda precisam ser corrigidos. Em algumas estações, as bordas das plataformas estão muito próximas dos trilhos, impedindo os trens de ingressarem nos locais de parada.

"Nós descobrimos o problema um pouco tarde, reconhecemos e aceitamos a responsabilidade a esse respeito", disse Piednoel à rádio.

A confusão teria acontecido porque o operador ferroviário passou as dimensões erradas das plataformas à SNCF, que estava encarregada de encomendar os trens com o objetivo de modernizar o sistema, informou o "Le Canard enchaîné".

O operador ferroviário deu à empresa compradora apenas as dimensões das plataformas construídas há menos de 30 anos. A maioria das plataformas do país, porém, foi construída há mais de 50 anos, quando os trens eram mais estreitos.

O ministro dos Transportes, Frederic Cuvillier, culpou um "sistema ferroviário absurdo" pelo problema.

"Quando você separa o operador ferroviário da companhia de trem, não funciona", disse.

O sistema regional de trens da França passa por uma reforma de 15 bilhões de euros, dividida entre as fabricantes Alstom, francesa, e Bombardier, canadense.


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