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Caso da poupança pode afetar bancos, diz agência Fitch

Temor de impacto de um julgamento desfavorável no STF na próxima semana faz ações caírem nesta sexta

Dólar sobe pelo 2º dia movido por declarações de Tombini que podem indicar fim de intervenções diárias

GABRIEL BALDOCCHI DE SÃO PAULO

Em relatório divulgado nesta sexta-feira, a agência de classificação de risco Fitch sinalizou com provável redução das notas dos bancos em caso de derrota no julgamento dos planos econômicos, previsto para a próxima semana (veja quadro ao lado).

"Mesmo que o tempo, o tamanho e o impacto global de possíveis decisões sejam incertos, a Fitch reconhece que uma decisão contra os bancos pode resultar em pressões sobre sua solidez financeira", escreveu a agência.

O relatório se somou ao clima de incerteza provocado pelo julgamento e afastou investidores das ações dos bancos, acentuando as perdas na Bolsa na semana.

Pela segundo dia no período, o setor foi o responsável por derrubar o Ibovespa nesta sexta-feira (23). O índice fechou em queda de 0,34% e acumulou uma retração de 2,5% na semana.

O STF (Supremo Tribunal Federal) vai decidir se os bancos terão de indenizar poupadores por perdas nos anos 1980 e 1990.

Cálculos apresentados pelo Banco Central indicam que o valor pode chegar a R$ 341 bilhões. Associações de defesa do consumidor estimam cifras menores.

Para o analista da XP Investimentos, Thiago Souza, a dificuldade em mensurar o tamanho real de uma possível perda adiciona risco e incerteza aos papéis do setor, deixando-os mais sujeitos a grandes oscilações nos próximos dias. "Temos tentado entender bem, mas está todo mundo um pouco confuso. Será um período de nervosismo", afirmou.

Só nesta semana, as ações do Itaú caíram 4,7%, as do Banco do Brasil 6,8% e as do Bradesco, 6,4%.

Mais um ingrediente nessa situação foi a decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) desta semana, que determinou que os cálculos dos juros nessas ações devem ser feitos a partir da data da citação, nos anos 1990, e não das execuções.

Essa decisão só terá efeito prático se, no julgamento do STF da semana que vem, as instituições financeiras sejam consideradas responsáveis por perdas dos poupadores com aqueles planos. Nessa hipótese, a decisão do STJ eleva o valor que os bancos terão de pagar aos poupadores.

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informou que os bancos irão recorrer da decisão do STJ. Em nota, a entidade afirma que "que a constitucionalidade das normas que instituíram os planos econômicos depende de julgamento pelo STF e está confiante quanto ao mérito desta decisão".

CÂMBIO

O mercado de câmbio teve dia marcado por expectativa para saber se o Banco Central vai prorrogar o programa de intervenções diárias em curso desde agosto de 2013.

Analistas passaram a considerar a interrupção após o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmar que houve redução na demanda por esse instrumento de proteção.

A interpretação do mercado pressionou a cotação por mais um dia e levou o dólar comercial a fechar nesta sexta em alta de 0,36%, cotado a R$ 2,224. O dólar à vista subiu 0,28%, para R$ 2,222.


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