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Moda para a Copa ainda ocupa as prateleiras

Grifes de todos os preços criam coleções específicas para o evento

Vendas, porém, ainda estão fracas, e setor se divide sobre a possibilidade de consumo subir na última hora

PEDRO SOARES DO RIO

De olho na visibilidade da Copa e no fluxo de turistas, grifes de moda lançaram peças e coleções tendo o futebol, o evento e o Brasil como mote, com opções para todos os gostos e bolsos --os preços podem variar de R$ 39 para uma camiseta a R$ 897 para uma bolsa.

A Osklen, por exemplo, idealizou sua "football series", tema da coleção de inverno, com referências bem brasileiras, mas preços compatíveis com marcas internacionais.

A bolsa citada é da loja, assim como um sapato masculino por R$ 397. As camisetas mais simples saem por R$ 127.

Já na mais popular Riachuelo, que também lançou peças para a Copa, as camisetas femininas custam R$ 39. A Renner também tem peças temáticas do torneio.

Outras marcas lançaram coleções inspiradas no Mundial de Futebol, como Richards, Reserva e Blue Man. A loja de moda praia fez, pela primeira vez, um lançamento para o evento.

"Além de todo o apelo comercial, há uma torcida e um espírito que todas as grifes querem trazer para suas marcas", diz Maria Dória, diretora de marketing.

Para ela, as peças serão "uma recordação" para brasileiros e turistas que as comprarem. Sobre os protestos e o nariz torcido de muitos em relação à Copa, ela diz: "Isso é só até começar, e até o Brasil engrenar na competição. Depois, é tudo festa".

As vendas, porém, ainda estão fracas. "O brasileiro deixa, em todas as datas, para comprar sempre na última hora", pondera.

Rony Meisler, presidente o grupo Reserva, se mostra cético com um possível aumento das vendas. "Ao contrário do que todos devem pensar, não acredito em aumento de faturamento devido à Copa."

O executivo afirma que, "apesar do enorme fluxo turístico que virá, o brasileiro estará mais focado nos jogos do que em outras coisas".

"Nos dias dos jogos as lojas fecharão em meio expediente. Além disso, o governo federal já decretou três feriados no período da Copa. Na minha opinião, uma coisa acaba compensando a outra", avalia.

De capital aberto, a Renner não faz previsões.

Diz apenas que "já tem produtos em alusão à Copa nas lojas em todo o país".

As peças foram criadas com duas temáticas: a brasilidade, com estamparia desenvolvida pela equipe de estilo da empresa e que ressalta ícones brasileiros, como a fauna e a flora; e a linha "torcedor", que reforça o nacionalismo pelas cores da bandeira e o brasão.

Todas as grifes têm uma preocupação adicional: não ferir o direito de marca da Fifa e da CBF. Para tal, consultam escritórios especializados ou seus departamentos jurídicos.

"Fizemos uma coleção bem estilizada, mas tivemos, mesmo assim, esse cuidado", diz Dória, da Blue Man.

Segundo Alexandre Lyrio, sócio do escritório Castro, Barros, a Lei da Copa impede que qualquer empresa que não patrocine o evento use termos registrados pela Fifa, como Mundial, Copa do Brasil e vários outros.

Ainda assim, não são poucas as ações do marketing de emboscada, que tentam pegar carona e associar uma marca ao evento.

Usar cores, brasão e bandeiras, porém, estão liberados. "São símbolos do país e não podem constituir uma marca", diz Daniela Bessone, sócia do Lobo & Ibeas.


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