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Calote do país afetaria PIB do Brasil em 2014, afirma analista

ÉRICA FRAGA DE SÃO PAULO

Um possível calote da dívida argentina teria impacto negativo no crescimento econômico do Brasil neste ano.

A avaliação é da EIU (Economist Intelligence Unit). Segundo Robert Wood, analista de Brasil da consultoria britânica, a expansão do país pode ser até 0,5 ponto percentual menor caso a Argentina entre em "default" (calote).

Isso levaria o Brasil a crescer 0,7% neste ano, em vez do 1,2% esperado por analistas.

"Um 'default' levaria a Argentina a reduzir sua demanda por importações ", afirma Wood. Ele ressalta que um calote provocaria uma forte desvalorização do peso, reduzindo o poder de compra da moeda do país vizinho.

A Argentina é o terceiro principal destino das exportações do país (atrás da China e dos Estados Unidos) e lidera as compras de automóveis, item mais importante da pauta de manufaturados vendidos pelo Brasil.

Em uma análise divulgada na semana passada, a EIU afirmou que a Argentina "está à beira" de um default e que o governo do país tem um espaço muito limitado para qualquer manobra.

No entanto, a diretora de América Latina da EIU, Irene Mia, ressalta que um calote acentuaria o cenário recessivo do país. A consultoria prevê que o PIB (Produto Interno Bruto) argentino caia 1% neste ano.

Dada a situação econômica já ruim do país, a EIU não descarta que a Argentina chegue a um acordo com seus credores. Isso poderia envolver, por exemplo, o pagamento àqueles que têm novos títulos de dívida.

Uma solução desse tipo, diz a consultoria, talvez seja aceita pelos credores que, em caso de calote, não receberiam nada, apesar da recente vitória na Justiça contra o governo argentino.


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