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Fundos têm pior semestre em captação em 12 anos

Motivos são concorrência com aplicações isentas e incertezas no país e no exterior

TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Os fundos de investimento captaram R$ 1,98 bilhão em recursos no primeiro semestre de 2014, já descontando os resgates. Foi o pior desempenho ao menos desde 2002 (início da pesquisa).

Em 2002, período tumultuado pela eleição do presidente Lula, houve saques (líquidos de aplicações) de R$ 22,9 bilhões.

No primeiro semestre de 2013, a captação somou R$ 103,59 bilhões.

O "semestre perdido" dos fundos tem uma série de explicações: turbulências externas, baixo crescimento da economia e incerteza em relação as eleições.

A esse cenário somam-se outros dois problemas atuais do segmento. O primeiro é a concorrência com outras aplicações --poupança, títulos imobiliários (LCI) e do agronegócio (LCA), que têm isenção de Imposto de Renda.

O segundo ponto é a decepção em 2013 com os fundos de renda fixa e ligados a índices de inflação (alguns perderam 20% em um mês) com a retomada do aumento de juros, além do baixo desempenho dos fundos multimercados no início do ano.

"Ainda estamos pagando pelo que aconteceu em 2013. O cenário para os gestores é, no mínimo, desafiador. E há essa competição com os produtos isentos de impostos", diz Carlos Massaru, vice-presidente da Anbima (associação do mercado de capitais).

De janeiro a 27 de junho (último dado), a poupança teve captação de R$ 9,72 bilhões --391% superior aos fundos.

O estoque total de LCI emitidas saltou de R$ 96,6 bilhões para R$ 117,37 bilhões de janeiro até maio (último dado), segundo a Cetip, que centraliza os dados.

O aumento do estoque não reflete necessariamente aplicações menos os resgates, mas é o dado mais comparável ao dos fundos. O estoque de LCA (agronegócio) cresceu R$ 2 bilhões, e o de Letras Financeiras, R$ 32,7 bilhões.


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