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Grupo asiático adquire controle da 'Forbes'
Empresa de investimento de Bono, da banda U2, vendeu sua participação na revista
O grupo de mídia dono da revista americana "Forbes" alcançou um acordo nesta sexta-feira (18) para vender a participação majoritária de seus negócios a um grupo de investidores asiáticos.
Os detalhes do acordo não foram divulgados, mas a transação teria avaliado a companhia em US$ 475 milhões, de acordo com informações coletadas pelo "New York Times" entre pessoas familiarizadas com o negócio.
O novo controlador da "Forbes" passa a ser o Integrated Whale Media Investments, grupo que reúne um grande investidor de Hong Kong, Tak Yam, e Wayne Hsieh, cofundador da fabricante de tecnologia Asustek Computer.
A empresa de investimento Elevation Partners, que tem Bono, da banda U2, entre os fundadores, deixa a sociedade. Ela havia comprado oito anos atrás uma participação de 45% na "Forbes".
A publicação não divulgou com precisão a porcentagem vendida, mas afirma que permanecerá dona de uma fatia "significativa" e manterá Steve Forbes nos cargos de presidente do conselho e editor-chefe. O atual presidente-executivo, Mike Perlis, também permanece na posição.
A "Forbes" foi fundada em 1917 pelo jornalista escocês Bertie Forbes. Ajudou a dar fama à revista a publicação de rankings, entre os quais o das maiores empresas e o dos bilionários.
O negócio de ontem encerra uma trajetória iniciada no ano passado, quando o grupo se colocou à venda, após ter sido abordado por potenciais compradores.
Embora a circulação de suas revistas impressas tenha se mantido desde 2009 em patamar superior a 900 mil, segundo a Alliance of Audited Media (que audita os dados de empresas de mídia nos EUA), a empresa perdeu receita com publicidade.
Nos últimos anos, teve de diversificar o seu negócio, expandindo a presença digital, estratégia que levou a receita da publicidade on-line a superar a publicidade impressa em 2013, segundo a companhia.
Do ano passado para cá, outras tradicionais publicações americanas mudaram de mãos. O "Washington Post" foi vendido para Jeff Bezos, criador da Amazon, e o "Boston Globe", ao bilionário americano John W. Henry.
