Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Empresas saíram do zero para a liderança

DE SÃO PAULO

As vendas do Natal passado foram a "gota d'água" para os grandes fabricantes de tablet que não conseguem fazer frente ao preço da DL e da Lenoxx --empresas que se tornaram líderes desse negócio no país, superando gigantes como Apple e Lenovo.

No final de 2013, a DL se consolidou como a líder em vendas de tablets no país, comercializando cerca de 900 mil unidades entre outubro e dezembro, segundo uma importante consultoria.

A Samsung, segunda maior, não vendeu metade disso no período, e a Lenovo, menos de um terço. A Positivo, 130 mil unidades. A Apple nem aparece na contabilidade das vendas do setor.

O desempenho da Lenoxx também foi impressionante. Entre julho de 2012 e junho deste ano, a empresa saiu de zero para o terceiro lugar.

Fechou o segundo trimestre deste ano com cerca de 200 mil unidades vendidas. No último trimestre de 2013, vendeu 100 mil tablets, mesmo patamar da Positivo.

Instalada em Santa Rita do Sapucaí (MG), a DL começou vendendo panelas para preparar arroz. Recentemente, migrou para os tablets. Seu fundador, o chinês Paulo Xu, quer dominar o mercado com equipamentos voltados para as classes C e D.

A Lenoxx, que tem fábrica em Lauro de Freitas (BA), ficou conhecida pelos aparelhos de som, mas viu potencial no mercado de tablets.

Ambas apostaram nesse ramo acreditando que, em algum momento, haveria uma inversão na tendência de vendas do setor, que começou muito focado em equipamentos "vip", categoria em que se enquadram o iPad, da Apple, e o Galaxy, da Samsung.

Além de surfar na onda dos tablets mais econômicos, DL e Lenoxx também conseguiram preços considerados imbatíveis por seus concorrentes nessa categoria.

Hoje a diferença de preço do I-Style, da DL, e do TB-55, da Lenoxx, em relação aos similares de Samsung, Lenovo, Positivo, entre outros, varia de R$ 100 a R$ 200. É possível achar modelos T-55 e I-Style por cerca de R$ 250, ante R$ 400, média dos concorrentes nessa categoria.

Para a Abinee, associação que representa os fabricantes que perdem mercado para DL e Lenoxx, a diferença de preço se deve à compra de componentes de segunda linha em fornecedores da China.

Um dos associados disse à Abinee que pagaria 20% menos na importação caso incorporasse os componentes de pior qualidade. O resultado seria uma redução de até R$ 100 no preço ao consumidor de seu tablet.

OUTRO LADO

A reportagem pediu entrevista aos responsáveis pela DL e Lenoxx, mas as duas empresas só se pronunciaram por meio de suas assessorias.

A DL informou que não foi notificada oficialmente da investigação da Anatel sobre o a venda de equipamentos diferentes daqueles que foram certificados e garantiu que "os seus produtos disponíveis para venda seguem rigorosamente as configurações homologadas junto à Anatel".

A Lenoxx disse que desconhece a situação relatada pela Folha sobre os fornecedores na China e reafirmou que "atende os requisitos da Anatel para comercializar seus produtos no Brasil". (JW)


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página