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Itaú lucra mais com ganho maior no crédito

Maior banco privado sente desaceleração nos financiamentos, mas mantém previsão de crescimento de 10%

Diretor do Itaú considera que parte da demanda por crédito pode ter sido represada devido à Copa e eleições

ANDERSON FIGO TONI SCIARRETTA DE SÃO PAULO

Maior banco privado brasileiro, o Itaú Unibanco lucrou R$ 4,899 bilhões no segundo trimestre, valor 36,7% superior ao do mesmo período de 2013, apesar de sentir os efeitos da desaceleração nos financiamentos.

O lucro foi impulsionado pelo aumento das margens de ganho nos empréstimos, consequência direta dos juros maiores no país, além da queda na inadimplência, que implicou provisões menores para perdas com calote.

Os empréstimos, que cresciam em ritmo anual de de 11,4% no primeiro trimestre, tiveram expansão de 10,9% no segundo trimestre, incluindo avais e fianças.

Apesar da desaceleração, o Itaú Unibanco ainda acredita que o crédito cresça entre 10% e 13% em 2014.

No Bradesco, os empréstimos cresceram só 8,1% nessa comparação, mas o banco também manteve a expectativa de expansão mínima de 10% neste ano.

CRÉDITO REPRESADO

Para Marcelo Kopel, diretor de Relações com Investidores do Itaú, a Copa e as dúvidas em relação às eleições podem ter represado parte da demanda por crédito tanto das empresas quanto dos consumidores. Nesse caso, poderá ocorrer uma reversão nos próximos meses. "Temos um ano bastante atípico em termos de calendário", disse.

A receita do Itaú com os empréstimos, medida pela chamada margem financeira com os clientes, somou R$ 12,712 bilhões no perío- do --12,4% superior aos R$ 11,874 bilhões do segundo trimestre de 2013.

O banco seguiu apostando em segmentos do crédito com baixo risco, como os empréstimos consignados e imobiliários para o consumidor que cresceram 62,1% e 26,1%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2013.

Por esse motivo, o banco recolheu 10,9% menos provisões para calotes --caíram de R$ 4,912 bilhões para R$ 4,465 bilhões entre o segundo trimestre de 2013 e 2014.

A inadimplência caiu de 3,5% para 3,4% de março a junho.

O pior desempenho do crédito foi o financiamento de veículos, cuja carteira encolheu 24,8% em 12 meses, em linha com os demais bancos. O segmento de micro e pequenas empresas, considerado de maior risco, recuou 4,1%.

O banco teve um crescimento nas receitas de tarifas e serviços, que somaram R$ 7,775 bilhões no trimestre 13,8% maior do que no mesmo período de 2013. O destaque foi a receita com cartões, que cresceu 24% no período.


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