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De farmacêuticas a alimentícias, ordem é desburocratizar relações

DE SÃO PAULO

Encurtar a distância entre a cúpula da empresa, que toma as decisões, e a operação, para ganhar agilidade.

Esse é o lema das empresas de diversos setores que têm tornado sua estrutura de cargos mais horizontal.

No Brasil, é o caso de grandes grupos como BRF, gigante do setor de alimentos, e da farmacêutica AstraZeneca.

A BRF começou a alterar seu organograma recentemente. A empresa tem eliminado, por exemplo, as gerências regionais.

Segundo Rodrigo Vieira, diretor de desenvolvimento organizacional da BRF, o número de regionais fabris foi reduzido à metade, de seis para três. Ele afirma que essas medidas têm eliminado redundância e permitido que outros profissionais sejam promovidos.

"A frase é: a quantos telefones está o diretor? Não podem ser muitos", diz.

A lógica da AstraZeneca é parecida. A multinacional tem metas para o número de níveis hierárquicos e de funcionários por gestor.

Segundo Miguel Monzu, diretor de Recursos Humanos e Comunicação Corporativa, podem existir, no máximo, seis níveis hierárquicos entre os cargos mais baixos --como auxiliares e representantes de venda-- e o CEO global da empresa.

No Brasil, conta ele, a meta já foi atingida: "No Brasil, agora, já há apenas cinco".

Embora tenha reduzido os cargos de gerência, a AstraZeneca aumentou o quadro total de funcionários no país em 20% neste ano.

Monzu conta que a empresa investe, por exemplo, na contratação de representantes de vendas superqualificados que têm formação na área médica: "O mercado mais competitivo exige maior qualificação".

Segundo Roberto Picino, diretor geral da Page Personnel, a exigência por maior qualificação é crescente:

"As empresas estão exigindo especialistas e analistas com formação que antes pediam de gerentes", diz.

De acordo com especialistas, a escassez de mão de obra qualificada levou, nos últimos anos, a algumas promoções internas de profissionais que não estavam preparados:

"Isso acabou prejudicando a produtividade e levando a um aumento da rotatividade", diz Aloisio Buoro, diretor da Mariaca, empresa de transição de carreiras.


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