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Código promocional da Gol vaza na web

Senha era de uso restrito da Confederação Brasileira de Vôlei e permitia descontos de até 80% nas passagens

Companhia promete honrar vendas; cerca de 5.000 bilhetes teriam sido emitidos com o código promocional

MARIANA BARBOSA DE SÃO PAULO THIAGO SANTOS

O vazamento nas redes sociais de um código promocional da Gol restrito a integrantes da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) fez com que milhares de pessoas adquirissem passagens com até 80% de desconto. A Folha apurou que 5.000 bilhetes teriam sido emitidos com o código promocional.

Ao detectar a fraude no final da semana passada, a Gol bloqueou o código e cancelou todos os bilhetes em aberto. Mas ontem, porém, após protestos no Facebook, a companhia voltou atrás.

Os consumidores criaram uma página chamada "Enganados pela Gol", que, até as 20h30 de ontem, contava com 386 membros. Em nota publicada em sua página no Facebook, a Gol afirma que quem adquiriu passagem na promoção vai conseguir voar.

Na nota, a Gol diz que houve "apropriação indébita do código de uso restrito" referente a um contrato com a CBV. "Em respeito a aqueles que, de boa-fé, tenham adquirido bilhetes desta forma, a Gol -também vítima desse fato- informa que honrará tais compras e manterá a validade dos bilhetes."

Os clientes que compraram passagens com o código CBV85 e não conseguiram embarcar, ou com voos ainda por acontecer, devem entrar em contato a central de relacionamento da Gol (0800 704 04 65). A empresa diz que não cobrará pela reemissão dos bilhetes.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) afirmou que foi informada pela Gol sobre o compromisso em honrar os bilhetes. Diz a Anac que, como a companhia apresentou "solução tempestiva ao problema", a inicialmente a empresa não será multada.

O Procon-SP informou que enviará uma notificação à Gol na segunda-feira pedindo esclarecimentos. O órgão prefere não se pronunciar até a notificação, mas afirma que, a princípio, não se pode afirmar que o consumidor que utilizou o código agiu de má-fé e, portanto, teria que ter os seus direitos resguardados.

O estudante Luiz Carlos Zanotti Filho, 20, de Belo Horizonte, comprou o bilhete no dia 25 de outubro, depois de tomar conhecimento da promoção pelo Facebook. Quando a Gol cancelou o bilhete, tentou acionar Procon e Justiça, mas não obteve sucesso. Com a notícia de que a Gol vai honrar os bilhetes, Zanotti espera conseguir embarcar esta manhã. "Vamos ver se correrá tudo bem no embarque."

A Gol não confirma o número de passagens emitidas com o código vazado nem o total do prejuízo.

A fraude acontece em um momento de perdas expressivas para a Gol, que acumulou um prejuízo de R$ 756 milhões no primeiro semestre.

Alta de custos com combustível, câmbio e o fraco desempenho da economia estão entre as explicações para o mau resultado.


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