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Produtividade brasileira cresce em ritmo lento e freia economia

DE SÃO PAULO

Um estudo da consultoria The Boston Consulting Group indica que 75% da expansão do PIB (Produto Interno Bruto) ao longo da última década pode ser explicada pela expansão da força de trabalho. Ganhos de produtividade responderiam pelos outros 25%.

Estimativas do economista Alexandre Schwartsman, ex-diretor do BC, apontam na mesma direção: "O que fizemos até agora foi aproveitar gente ociosa e colocar para trabalhar".

Esse padrão de crescimento beneficiou trabalhadores que estavam à margem do mercado de trabalho. Mas revela uma séria fragilidade da economia brasileira: seu baixo dinamismo.

Segundo analistas, o ideal seria que a produtividade respondesse por uma fatia maior do crescimento. A produtividade mede, por exemplo, a eficiência com que insumos são transformados em bens de maior valor agregado.

Melhorias no nível educacional da população e incorporação de tecnologias mais avançadas tornam uma economia mais produtiva.

Em países em desenvolvimento, onde os indicadores educacionais tendem a ser piores e a tecnologia mais atrasada, ganhos nessas áreas levam a grandes saltos de produtividade.

Por isso, esse indicador tende a avançar mais rapidamente nas nações emergentes do que nas desenvolvidas. Mas, no Brasil, a produtividade cresce a ritmo lento. No caso da indústria, o indicador estagnou nos últimos anos.

Para a economista Katherine Weber, da Business Monitor International, a decisão do governo de elevar tarifas de importação para proteger a indústria local pode ajudar o setor no curto prazo. Mas, segundo ela, isso não ataca as causas da baixa capacidade de investimento do setor, como burocracia excessiva e impostos altos.

O economista Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp, acredita que medidas recentes do governo para reduzir custos da indústria (com gastos de energia e folha de pagamento) tendem a ajudar o setor a se tornar mais produtivo. Mas, ressalta ele, isso acontecerá apenas no longo prazo.


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