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Impasse continua e agrava falta de gás de cozinha em SP

TRT julga conflito hoje, mas tanto empresas quanto trabalhadores dizem não acreditar em solução breve

Categoria chega ao 9º dia de greve e cidades do interior de SP já estão com as revendas sem produto

DE SÃO PAULO DE RIBEIRÃO PRETO

A greve dos funcionários de distribuidoras de gás de cozinha entra hoje no nono dia e afeta o abastecimento de São Paulo e de cidades do interior do Estado como Franca, São José do Rio Preto, São Carlos e Araraquara.

As regiões de Bauru, Presidente Prudente, Franca e São José do Rio Preto estão desabastecidas, diz Giovani Buzzo, representante dos revendedores do interior.

A situação também é crítica em Sorocaba, Itapetininga, Tietê, São Roque, Itapeva e Capão Bonito.

O temor dos consumidores de que falte gás fez com que a procura por botijões até quadruplicasse. "As vendas estão anormais, uma procura três ou quatro vezes maior", disse Marco Antonio Ilario, proprietário da Smart.

Em dois estabelecimentos, na Casa do Gás, na Lapa, e na Fonegás, no Jabaquara, os funcionários disseram que estão há oito dias sem receber gás.

Desde sábado sem receber um novo carregamento, o vendedor Paulo Oliveira está com três revendas da Supergasbras paradas nos bairros da Freguesia do Ó, de Pirituba e da Vila Maria. "Minha esperança é que a Justiça resolva esse impasse", diz.

JULGAMENTO

A greve dos trabalhadores na capital e na região metropolitana será julgada hoje à tarde pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo. Antes, representantes das empresas e dos funcionários participarão, no TRT de Campinas, de uma reunião de conciliação.

Sérgio Mello, presidente do Sindigás, diz que não tem expectativas em relação à audiência em Campinas.

"Provavelmente os trabalhadores vão ampliar seus pedidos. Tenho esperança de que o juiz se dê conta de que isso já foi longe demais."

O sindicato estima que a disponibilidade de botijões de 13 quilos esteja abaixo de 10% do nível normal.

Em nota, o sindicato patronal disse que a greve também começou a afetar prestadores de serviços essenciais, como hospitais, clínicas e escolas.

Segundo o sindicato, os trabalhadores de Paulínia, principal base de distribuição, continuam parados, descumprindo a ordem judicial de produção mínima de 30%.

Valéria Medeiros, do Sindminérios, representante dos trabalhadores, também não acredita que as partes cheguem a um acordo na audiência em Campinas.

Os trabalhadores exigem 7,39% de reajuste e mais 2,1% PLR (Participação nos Lucros e Resultados). As distribuidoras aceitam pagar 6% de aumento e 1,6% de PLR.

A oferta das distribuidoras já foi aceita em todos os Estados -apenas os trabalhadores de São Paulo não aceitaram.


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