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Impasse adia anúncio de pacote para portos

Dúvida é sobre definição de critério para selecionar operadores privados; plano prevê aportes de R$ 50 bilhões

Rio nega que falta de infraestrutura tenha sido o motivo para chineses desistirem de projeto em porto de Eike

DE BRASÍLIA DO RIO

Após reunião técnica com a presidente Dilma Rousseff na tarde de sábado, o governo ainda não tem definição sobre como vai selecionar os operadores privados dos portos no pacote que prepara para modernizar o setor.

Segundo a Folha apurou, a presidente não aceita que o critério principal seja o valor de outorga pago ao governo e também considera que a seleção por menor tarifa é difícil de colocar de pé.

Os contrários a esse critério argumentam que inúmeros portos trabalham com dezenas de preços diferentes e um critério único seria muito complicado de definir.

Trata-se de impasse em torno de parte central do novo modelo. O anúncio foi adiado por conta disso.

Do pacote estima-se investimentos próximos a R$ 50 bilhões. Se forem contados os aportes em obras de acessos aos portos, essa conta chega em R$ 60 bilhões.

Também já está acordada a autorização para que terminais privados movimentem cargas de terceiros. Caberá à Secretaria de Portos conceder essa autorização.

Outro nó que o governo enfrenta: como criar condições semelhantes para que os portos públicos e os privados possam competir em condições similares de regulação.

EIKE

O argumento de falta de infraestrutura, usado pela chinesa Wisco (Wuhan Iron and Steel) para suspender a instalação de siderúrgica de US$ 5 bilhões no Porto do Açu, de Eike Batista, foi rechaçado ontem pelo governo do Rio, que creditou a decisão às dificuldades no cenário global.

No sábado, em entrevista à Reuters, o presidente da Wuhan, Deng Qilin, disse que não havia ferrovias nem terminais portuários no Açu. "Eles não construíram nada."

De acordo com a presidente da Codin (Companhia do Desenvolvimento Industrial do Rio de Janeiro), Conceição Ribeiro, a ferrovia estaria pronta quando a fábrica da Wisco fosse concluída.

"O problema é o momento, a questão do aço no mundo, mas não se planeja uma fábrica dessas para hoje. O que eles estão esperando é o mundo voltar a comprar aço", disse, ressaltando que o contrato entre a Wisco e o empresário não foi cancelado, "só suspenso", e que a siderúrgica poderá ser feita.

A LLX não quis se pronunciar sobre o assunto, mas confirmou que a ferrovia será feita e a licitação está prevista para junho.


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