Folha de S.Paulo

Bússola

Tenho previdência privada de R$ 1.500; como garanto a minha aposentadoria?

L.F., de São Paulo (SP)

RESPOSTA DO CONSULTOR DE FINANÇAS MAURO CALIL, DA CALIL & CALIL - Infelizmente, não existe uma fórmula para garantir que um investimento se mostre vitorioso antes que seu resgate ocorra.

No entanto, existem cinco princípios de investimento que são divulgados pela Academia do Dinheiro que podem maximizar lucros e minimizar perdas, potencializando a formação de patrimônio ao longo dos anos.

Primeiro, invista com consistência e congruência. Ou seja, invista sempre pequenas quantias mensais ou trimestrais em vez de fazer um grande investimento único. Isso permitirá que seu risco seja diluído ao longo do tempo.

Em segundo lugar, reinvista os lucros, sejam eles dividendos [parcela do lucro paga ao investidor] das ações, alugueis de imóveis ou renda de fundos imobiliários e outros. Assim você estará forjando juros compostos a seu favor.

Terceiro, invista em empresas e setores do país que crescem. Isso potencializará o avanço de seu capital pelo simples crescimento econômico do Brasil no período.

Quarto: diversifique. A diversificação deve ocorrer na renda fixa, renda variável e nos imóveis. Para esse último item, você poderá contar com os fundos imobiliários para acelerar a diversificação do seu portfólio.

Por fim, mantenha-se atualizado e atuante. O mundo dos investimentos está em constante mudança e aperfeiçoamento e as condições econômicas também mudam muito. Por isso, a atualização, seja usando os serviços de mídia e notícias, seja através de cursos, deve fazer parte do dia a dia da vida de um investidor.

De nada adianta, porém, atualizar-se se você não tomar uma atitude. O investidor deve atuar, portanto, no sentido de turbinar seus investimentos.

Seguindo esses princípios de investimento, suas chances de sucesso certamente serão maiores.

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RENDA FIXA

Aplico em CDB, fundos DI e renda fixa, além de VGBL sem taxa de administração. Com a tendência de remuneração menor em fundos tradicionais, seria uma boa opção aplicar no VGBL?
L.F., de São Paulo (SP)

RESPOSTA - A tendência de remuneração menor na renda fixa se dá por dois aspectos.

O primeiro e mais importante é a redução dos juros básicos, hoje em 7,25%, contra a qual nenhum gestor tem o poder de atuação.

Outro aspecto são as taxas dos fundos tradicionais, que podem chegar a mais de 4% ao ano e deveriam ser de no máximo 0,5% para ter competitividade.

Os movimentos adequados seriam: buscar CDBs de bancos menores, que remuneram mais, mudar dos fundos atuais para fundos com taxa menor de administração e buscar aprender a investir em renda variável via fundos imobiliários e ações, sempre com visão de longo prazo.

AÇÕES

Como é calculado o valor de ação de uma empresa quando ela quer lançar papéis no mercado?
A.L.C.G., de Curitiba (PR)

RESPOSTA - Via de regra é feito o "valuation" -técnica de valoração dos ativos na perpetuidade da operação- da empresa em questão para saber seu valor presente. Pega-se esse valor e divide-se pelo número total de papéis a serem lançadas, de modo a ter um "preço por ação".

Antes de ir a mercado, no entanto, os controladores colocarão um prêmio sobre o valor dado pelo valuation, para que tenham lucro pelo trabalho que tiveram na formação de um negócio vencedor.

A oferta pública inicial é o único momento que a empresa terá para formar seu próprio preço para suas ações. A partir da negociação em Bolsa, quem dirá qual o preço das ações é o mercado formado por compradores e vendedores.

Eu invisto em

Anayde Lima, chefe de cozinha (ex-Julia Gastronomia)

"Diversifico investimentos em fundos de renda fixa e variável. Na profissão, invisto em alimentos que respeitem a sustentabilidade em toda a cadeia produtiva"