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Queda das ações da Eletrobras faz Bovespa suspender negócios
Papéis fecham em queda de 20% depois de retornarem ao pregão
A área de operações da BM&FBovespa acionou ontem um dispositivo especial para conter a queda das ações da Eletrobras.
A ação Elet6, o papel da estatal mais negociado na Bolsa de São Paulo, fechou o dia com uma queda de 20,08%, a R$ 7,84. A Elet3, outro papel com muitos negócios, fechou o pregão com queda de 15,73%, com valor de R$ 6,75.
As duas ações foram as que mais caíram no Ibovespa, o principal índice da Bolsa.
O dispositivo -chamado "leilão limite intradiário"- que interrompe a negociação do papel é acionado sempre que a ação tem variação superior a 10%, tanto de alta quanto de baixa.
Quando isso ocorre, o sistema suspende automaticamente as operações e organiza, eletronicamente, um leilão. Essa operação foi feita às 10h21 de ontem, logo depois da abertura do pregão.
Segundo informações da BM&FBovespa, o mecanismo tem a função de reorganização a negociação e evitar quedas ainda mais bruscas no preço da ação. A avaliação é que oscilações superiores a 10% no papel significam que o mercado perdeu a referência de preço.
Sem o dispositivo do leilão limite intradiário, a previsão de analistas era a de que as duas ações da Eletrobras teriam uma queda ainda maior da que foi registrada.
Procurada, a Eletrobras não quis comentar os motivos da forte queda das ações no mercado.
Desde 10 de setembro, um dia antes do anúncio da MP 579 -que antecipa o fim das concessões de usinas e linhas de transmissão e impõe novos contratos paras as empresas do setor elétrico-, a ação da Eletrobras já perdeu 59% do seu valor de mercado.
A ação Elet6 tinha na Bolsa de São Paulo valor de R$ 19,20 em 10 de setembro, ante os R$ 7,84 de ontem.
