Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

'Desoneração será plena em algum momento'

Ministro não antecipa quais setores serão beneficiados agora, mas diz que redução continuará ao longo do tempo

Concessões de Galeão e Confins (MG) serão feitas, e Mantega diz que apenas operadores de 1ª linha participarão

DE BRASÍLIA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) acredita que a taxa de juros "tende a ficar mais estável" no Brasil, mas destaca que ela não é fixa e quem decide é o BC -que ontem manteve a Selic em 7,25%.

A seguir, a entrevista concedida ontem à Folha, na qual afirmou acreditar que a inflação está sob controle.

-

Folha - Qual é sua previsão para o crescimento do PIB no terceiro trimestre?

Guido Mantega - Fico satisfeito com qualquer número de 1% a 1,3%. Se for 1%, será um crescimento anualizado de 4%. Isso mostra que a tendência de recuperação da economia brasileira veio para ficar. É um crescimento gradual. Não é nada espetacular, mas estamos subindo degraus, acelerando aos poucos e com o crescimento se difundindo pelos vários setores da economia, de forma segura.

Mas há uma preocupação no governo com os investimentos, que deverão ser negativos no terceiro trimestre.

Deverá ser negativo no terceiro trimestre porque o investimento é o último a reagir. O comportamento é parecido com o de 2009, quando o investimento passou o ano em baixa e se acelerou no quarto trimestre. Estamos apostando muitas fichas na recuperação do investimento. No ano que vem, ele vai ser o carro-chefe da economia, vai crescer mais do que a indústria e o PIB, em torno de 8% no próximo ano e 12% em 2014.

Empresários dizem que só agora, com a reação da economia, começam a planejar investimentos. Por isso, pedem medidas de estímulo, como a prorrogação de programas como PSI. Será renovado?

O PSI vai ser renovado, no entanto sofrerá algumas modificações.

Quais? Hoje as taxas estão negativas, cerca de 2,5%. Podem subir?

Não posso falar mais do que isso. O PSI está vigorando desde 2009 e deverá ser renovado por mais um ano. Vão sair várias medidas voltadas para dar estímulos ao investimento. O PSI é investimento na veia.

O que mais será anunciado?

Vamos continuar desonerando a folha [de pagamento], outros setores serão incluídos porque o custo da mão de obra é fundamental para dar competitividade às empresas brasileiras.

Quais setores?

Não posso antecipar porque estamos discutindo com os setores. Estamos vendo qual é a alíquota, se cabem todas as empresas do setor. A generalização da desoneração da folha é um processo que vai ocorrer ao longo do tempo, de modo que em algum momento teremos uma desoneração plena da economia.

E a concessão de aeroportos?

Não sei se ainda para este ano, mas haverá, sim. Não só Galeão e Confins, mas também os regionais. Vamos ter um grande programa de investimento.

Vai ser pelo modelo de concessão, igual ao do início ano? Terá ajustes?

Vai ser concessão. Mas vamos ter o cuidado para que as operadoras sejam de primeira linha, com experiência na operação de grandes aeroportos.

A inflação pode se transformar num problema com esse novo patamar de juros?

Ela está sob controle, em trajetória de queda, e neste ano será menor que em 2012.

O novo patamar de juros veio para ficar?

A taxa de juros básica é uma taxa flexível, que é usada pelo Banco Central quando acha necessário. Não existe taxa fixa. Pelas condições da economia, ela tende a ficar mais estável. Agora, se vai ficar ou não, quem responde é o Banco Central.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página