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Estado puxa avanço de emprego industrial

Região cria em outubro 73% das vagas no setor, que tem melhor resultado em 13 meses

THIAGO SANTOS COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A taxa de ocupação na indústria de transformação cresceu 2,5% em outubro ante o mês anterior. É o melhor resultado desde setembro do ano passado, quando registrou o mesmo percentual.

O número indica que o setor está contratando mais -foram criados 74 mil postos de trabalho nesse período.

A região metropolitana de São Paulo concentrou cerca de 73% (54 mil) dos empregos criados na indústria entre setembro e outubro. O crescimento na região foi de 3,2% nesse período.

Até setembro, quando houve crescimento de 0,4% ante agosto, a indústria acumulou resultados negativos neste ano -março teve a maior queda: 1,8%.

Os dados são da PED (Pesquisa do Emprego e Desemprego), divulgada ontem. A pesquisa é realizada pelo Seade/Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) em sete regiões metropolitanas do país.

ENDIVIDAMENTO

O setor de metalomecânica, que inclui a produção de metalurgia, eletrônica, informática, máquinas e veículos, segurou o nível de emprego na indústria nos últimos meses, mas, em outubro, teve crescimento de apenas 0,6%.

Esse pode ser um reflexo do aumento do endividamento da população, segundo Samy Dana, professor da Escola de Economia da FGV-SP.

"Com menos dinheiro para gastar, a população deverá consumir produtos mais baratos neste fim de ano, como os das indústrias têxtil e alimentícia", afirma Dana.

De acordo com Miguel de Oliveira, da Anefac (associação dos executivos de finanças), não há dados oficiais sobre o nível de endividamento da população, mas entre 45% e 48% da população teria dívidas superiores à sua renda mensal.

CETICISMO

Apesar do bom resultado no último mês, Dana não acredita em uma forte retomada do setor industrial.

"O resultado no ano ainda é ruim. Não é razoável para um país com as nossas dimensões", afirma.

De acordo com a PED, mesmo com a recuperação no mês passado ante setembro, houve queda de 0,8% na taxa de ocupação da indústria em relação a outubro de 2011.

Mônica de Bolle, diretora do Instituto de Estudos de Política Econômica/Casa das Garças, também diz não acreditar que o crescimento de outubro tenha apontado mudança de tendência.

"Se houver retomada, será temporária. Não ocorreu nenhuma mudança substancial na indústria, como corte de custos ou aumento da competitividade, para justificar o contrário", afirmou.


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