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Dificuldade em seguir seguros e previdência pode ter gerado erro
DE BRASÍLIA DE SÃO PAULOUma das principais questões que a equipe econômica trabalha para resolver no momento é onde está a falha no modelo que tenta antecipar o resultado do PIB, o chamado IBC-Br, do Banco Central.
O indicador referente ao terceiro trimestre deste ano previsa um crescimento do PIB de 1,15%, muito acima do 0,6% registrado.
A dúvida é se esse foi realmente um "ponto fora da curva" ou se o modelo precisa ser reavaliado. A surpresa com o resultado da intermediação financeira, um dos setores mais acompanhados pelo governo, foi creditada inicialmente à dificuldade de capturar, por exemplo, o resultado dos segmentos de previdência e seguro.
Isso teria impactado negativamente o PIB, e não apenas o ritmo menor na concessão do crédito e a queda das margens de ganho dos bancos.
Avalia-se ainda que pode ter havido um ajuste de estoque mais forte em outras áreas -como o comércio- do que apontavam os indicadores antecedentes do PIB.
Segundo economistas e analistas ouvidos pela Folha, há dificuldades técnicas e falta de dados para mensurar a atividade do setor financeiro.
Normalmente isso não causa problemas, porque o setor tem poucas flutuações.
No terceiro trimestre, porém, a variação foi grande.