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Análise

Formação de capital e aumento da produtividade são indispensáveis

CELIO HIRATUKA ESPECIAL PARA A FOLHA

O PIB do terceiro trimestre causou preocupação pelo fato de ter ficado abaixo do que grande parte dos analistas e o próprio governo previam.

No entanto, vale a pena destacar alguns aspectos que podem deixar mais claro o desafio que está colocado para a retomada do crescimento.

É importante levar em conta que o crescimento do PIB brasileiro foi o quarto maior entre 14 países que divulgaram dados para o terceiro trimestre (destes, 5 apresentaram taxas negativas).

Mais que relativizar o baixo crescimento brasileiro, esses dados mostram que o cenário internacional continua cinzento e sem sinais concretos de superação dos problemas causados pela crise financeira nos países centrais.

Dessa maneira, a demanda doméstica continua sendo a variável-chave para a retomada do crescimento. Assim, o que preocupa mais nos números do IBGE diz respeito ao investimento. A variação da Formação Bruta de Capital Fixo foi de -2,0% em relação ao trimestre imediatamente anterior e de -5,6% ante o mesmo trimestre de 2011.

A volta do crescimento do investimento é fundamental para que a expansão do consumo das famílias continue robusta, assim como para elevar a produtividade industrial -diretamente via processos de modernização e incorporação de progresso técnico e indiretamente no caso da modernização e do aumento da qualidade da infraestrutura.

É possível ainda manter certo otimismo para os próximos períodos, dado que as medidas adotadas pelo governo ao longo do ano foram no sentido de estimular o investimento e a atividade industrial, embora os resultados não apareçam rápido.

Redução de juros, câmbio mais desvalorizado, desoneração da folha de pagamentos, abertura de espaço para o investimento privado em infraestrutura e redução de custo de energia devem se mostrar fundamentais para mitigar os riscos importados do cenário exerno e convencer o setor empresarial a aproveitar as oportunidades abertas no mercado doméstico.

De maneira complementar, também será de fundamental importância acelerar a retomada do investimento público em áreas estratégicas.


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