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Com alta procura e aluguéis recorde, cidade dos EUA aposta em 'apartamento Twitter'

Chip Chipman/Bloomberg
Prédios na cidade de San Francisco, na Costa Oeste dos EUA
Prédios na cidade de San Francisco, na Costa Oeste dos EUA
DO FINANCIAL TIMES

Viver como sardinhas é normal em cidades como Tóquio e Paris, mas uma nova forma de micromoradia está em desenvolvimento, agora um toque do vale do Silício: o "apartamento Twitter".

O fluxo de engenheiros e designers indo trabalhar nos grupos de tecnologia da região tem pressionado a oferta de casas em San Francisco e feito os preços dos aluguéis baterem recorde.

Em resposta, os desenvolvedores têm proposto "microapartamentos" de cerca de 20 metros quadrados. O apelido de "apartamento Twitter" é um referência às empresas de tecnologia da região, mas, principalmente, às mensagens curtas do microblog.

As autoridades locais votaram no fim do mês passado a autorização dessa mudança, alterando o código de obras da cidade, alterando o tamanho mínimo das habitações.

"Mais trabalhadores de tecnologia estão se mudando e isso significa mais competição por apartamentos", disse Scott Wiener, supervisor de San Francisco e que foi um dos apoiadores da mudança.

"Outros moradores perderam suas casas ou precisam se mudar. Então estamos tentando criar mais opções."

O preço do aluguel de um estúdio na cidade subiu em média 33% nos últimos dois anos, para US$ 2.166, por uma propriedade de 46 metros quadrados.

No caso de apartamentos que estão a uma ou a duas ruas das paradas em que ônibus de empresas como Google, Apple ou Facebook pegam seus funcionários, o preço do aluguel do imóvel costuma ser 15% a 20% mais alto do que a média.

Segundo Wiener, os "microapartamentos" seriam uma alternativa acessível de habitação, com aluguéis entre US$ 1.200 e US$ 1.500 por mês (de R$ 2.550 a R$ 3.200).

O projeto, porém, não é consenso na cidade da Califórnia, e os defensores da habitação a preços acessíveis estão entre seus opositores.

O temor deles é que, em vez de criar uma alternativa para estudantes e pessoas que estão entrando no mercado de trabalho, funcionários bem pagos de empresa de tecnologia que moram em cidade próximas vão oferecer mais por esses apartamentos, fazendo-os de segunda casa e jogando os preços para cima.

Na Ásia e na Europa, apartamentos com menos de 19 metros quadrados são comuns, mas as cidades dos EUA só agora estão pensando na redução de tamanho.

Seattle, Boston e Chicago são algumas que estudam o modelo. Nova York começou recentemente projeto-piloto para construir 60 apartamentos de 25 metros quadrados.


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