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Análise

'Hiperativo', governo abre saco de bondades

Após PIB fraco no 3º tri, Dilma anuncia série de medidas para estimular a economia a crescer 4% até eleição de 2014

VALDO CRUZ DE BRASÍLIA

DE OLHO NA REELEIÇÃO, DILMA ESPERA FAZER O PAÍS CRESCER 4% POR ANO NA SEGUNDA METADE DE SEU MANDATO

Em reação ao fraco desempenho do PIB, o governo Dilma entrou numa fase de hiperatividade e abriu seu saco de bondades para o empresariado neste final de ano.

Nos últimos dois dias, a presidente anunciou a desoneração da folha de pagamento da construção civil, a prorrogação do PSI (Programa de Sustentação de Investimentos) do BNDES, que financia a juros negativos a compra de bens de capital, e a redução dos juros de longo prazo.

Hoje, divulga um pacote de investimento no setor portuário e já antecipou que, antes das festas de fim de ano, saem as regras para a concessão ao setor privado dos aeroportos do Galeão (Rio) e de Confins (MG).

Sua equipe baixou ainda, apenas nesta semana, duas medidas cambiais que beneficiam empresários, principalmente exportadores, e buscam conter a alta do dólar para evitar maiores pressões inflacionárias.

A hiperatividade dilmista resulta de um cenário com o qual não contava nem um pouco ao tomar posse: um crescimento médio de 1,9% nos dois primeiros anos de mandato, abaixo do verificado durante o período do tucano FHC, de 2,3%.

Desde o anúncio frustrante na semana passada de que o país cresceu 0,6% no terceiro trimestre, a presidente cobrou medidas de sua equipe para dar mais impulso à fraca atividade econômica.

Pediu pressa ao ministro Guido Mantega (Fazenda) e ao secretário-executivo Nelson Barbosa na elaboração de medidas na busca de se contrapor à onda de pessimismo gerada pelo PIB "nada espetacular".

Decidiu aproveitar eventos já programados nesta semana para dar maior repercussão às suas iniciativas.

Foi assim que divulgou a desoneração da folha de pagamento da construção civil no evento de entrega de 1 milhão de moradias do Minha Casa, Minha Vida.

E anunciou a empresários ontem, no Encontro Nacional da Indústria, que seu governo estava prorrogando por mais um ano o PSI, uma reivindicação do próprio setor.

De olho na reeleição, Dilma espera reverter o quadro e fazer o país crescer num ritmo de 4% por ano na segunda metade de seu mandato.

Meta que não é impossível de ser atingida, mas não é tão simples de ser cumprida. Afinal, neste ano, mesmo com uma taxa de juros cadente e uma série de desonerações para estimular o consumo, o país vai crescer apenas 1%.


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